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Neno, a homenagem que falta…

Vítor Oliveira
Opinião \ sábado, junho 08, 2024
© Direitos reservados
Apaixonou-se por Guimarães. E por cá ficará. Para sempre.

Já muito se escreveu sobre Neno. Já muito se disse sobre um dos embaixadores de Guimarães e do Vitória. Já passaram 1.095 dias do seu falecimento e, provavelmente, ainda haverá mil e uma coisas por dizer. Passaram três anos e parece que foi ontem.

Não tenho dúvidas que, para nós, vimaranenses e vitorianos, a noite do dia 10 de junho de 2021 vai continuar a ser… noite! E já passaram três anos que subiu aos céus, de onde outrora desviava bolas da cabeça dos avançados! 

Embaixador de imensas instituições da área social, Neno está agora na cabeça de quem com ele privou, a quem criou memórias e cultivou raízes. Mesmo este tempo depois, evocamos o seu súbito desaparecimento a cada 10 de junho, data que a memória nos remetia (apenas) para o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

No primeiro ano do seu desaparecimento físico, raros foram os dias “10” em que Neno não era mensalmente lembrado por um adepto, um sócio, um amigo, um conhecido, que evoca(va) a sua memória. Neno contava histórias e dava-nos música. Diziam que era o nosso Júlio Iglésias português. E voltava a contagiar com a sua gargalhada…

Há dois anos, neste mesmo dia 10 de junho, a Bancada Nascente passou a ter o seu nome: Bancada Neno. E as cadeiras do estádio transformaram-se para uma só cor, a tonalidade do luto, o preto, uma das cores que identifica e caracteriza o emblema que amou, que amamos.

Foi homenageado com um mural no estádio, no dia em que completaria 60 anos, foi agraciado na final da Taça da Liga por altura do seu aniversário (janeiro 2022), foi aplaudido de pé no Multiusos quando surgiu o seu nome no “Onze do Centenário” do Vitória (setembro 2022), foi rebatizada a Liga Mini, em Guimarães, com o seu nome…

Muito foi feito e, eventualmente, ainda não foi tudo feito. Acredito que, por ter sido um verdadeiro embaixador de Guimarães, ainda falta uma homenagem (póstuma) da Câmara Municipal. Que devia ter recebido em vida: Medalha de Mérito Social! Pelo tanto que nos deu. Pelo muito que era.

E Neno era uma pessoa de trato fácil. Das boas pessoas que conheci, que conhecemos. Sorrir é (mesmo) o seu legado. O mesmo sorriso que tatuou o coração de vitorianos e de vimaranenses. Porque Neno continua connosco. Em conversas de amigos, em diálogos de circunstância, no mural do estádio onde passou a sorrir todos os dias para Guimarães…

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