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Caldas das Taipas, o paraíso esquecido…

José Fidalgo Martins
Opinião \ quinta-feira, julho 25, 2024
© Direitos reservados
A Vila de Caldas das Taipas tem inequivocamente, nas suas várias dimensões e em particular no desporto, atributos que justificam voltar a ter a visibilidade e a importância de outros tempos.

Realizou-se na Hungria o Campeonato Europeu de Rope Skipping. Um evento que juntou os melhores praticantes da modalidade e onde o Clube de Rope Skipping das Taipas, mais conhecido por “Molinhas”, fez-se representar com um leque generoso de atletas. O saldo da participação portuguesa foi extraordinário. Várias medalhas de ouro, muitos pódios alcançados e um recorde europeu batido! O Rope Skipping, entre habilidades diversas e saltos à corda a uma velocidade estonteante, é uma modalidade desportiva com um potencial de crescimento enorme tendo a sua “capital” nacional nas Taipas.

A Vila das Taipas, alavancada pela secular estância termal, já nos habituou a estar à frente do seu tempo. Foi aqui que nasceu, na década 30, o primeiro rinque de patinagem de Guimarães e que ganhou maior expressão, anos mais tarde, com a criação do Turismo-Hóquei Clube. A natação também é introduzida no concelho de Guimarães nas Caldas das Taipas na década 50. Foram necessárias mais três décadas para a modalidade chegar ao centro urbano de Guimarães com a construção da piscina do Vitória SC e a piscina dos Bombeiros Voluntários de Guimarães. No ténis a história é similar. A modalidade em Guimarães surge primeiro na vila Taipense, com a prática a acontecer ainda antes da década 60 no court do Turismo das Taipas e, só vários anos mais tarde, na década 70, chega à cidade com o nascimento do clube de Ténis de Guimarães.

Atualmente, o leque de modalidades praticadas nas Taipas é de uma variedade absolutamente excecional. Por aqui, pratica-se entre outras: Atletismo, Futebol, Hóquei em Patins, Judo, Karate, Patinagem Artística, Petanca, Rope Skipping, Ténis, Ténis de Mesa e Voleibol.

No entanto, quem conhece relativamente bem as Taipas já percebeu que a história ainda não fez a devida justiça à riqueza da terra e das suas gentes. Para além de uma prática desportiva assinalável, também o contexto cultural é extraordinário e único com a organização de eventos que ultrapassam fronteiras. Acrescente-se ainda o esplêndido enquadramento geográfico nas margens do Rio Ave que fazem desta terra um caso singular.

A Vila de Caldas das Taipas tem inequivocamente, nas suas várias dimensões e em particular no desporto, atributos que justificam voltar a ter a visibilidade e a importância de outros tempos. Agora, seja por “culpa própria” ou pelos “bloqueios externos” (ele há teses para todos os gostos…), tarda a recuperar um estatuto há muito perdido.

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