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À espera de um Rei… ou Rainha!

Vítor Oliveira
Opinião \ sábado, novembro 16, 2024
© Direitos reservados
Castelo de Guimarães e Paço dos Duques são dos monumentos afetos ao Ministério da Cultura mais visitados a nível nacional. Museu de Alberto Sampaio também. Mas continuam sem diretor.

Alberto Sampaio está mais presente em Guimarães do que aparentemente se julga. Basta passear pela cidade e são vários os marcos em sua homenagem, como a esbelta avenida que nos conduz até ao Campo da Feira e que limita o Centro Histórico com o imponente pano de Muralha, que tão bem caracteriza a nossa cidade.

O nome de Alberto Sampaio está tão enraizado e tão integrado na rotina dos vimaranenses, que muitos de nós, por vezes, já não dá conta, justamente por já fazer parte, há largos anos, do quotidiano do nosso burgo.

E ontem fez 183 anos que nasceu Alberto Sampaio. A 15 de novembro de 1841, nascia um dos vimaranenses mais prestigiados da nossa História, num conhecido prédio da rua dos Mercadores, atual rua da Rainha D. Maria II, situado no burgo amuralhado da então vila de Guimarães.

Dito assim, parece difícil situar a habitação. Se lhe disser que nasceu na casa ao lado da antiga livraria “Chico das Novidades”, onde agora funciona a loja d’ A Oficina, provavelmente prescindimos do sistema de navegação para localizar a sua primeira residência.

No mesmo dia em que nasceu, foi batizado na pia batismal da Igreja da Oliveira, conforme pode ser documentado no seu Assento de Nascimento. Hoje, tem uma avenida em Guimarães com o seu nome, um museu e um monumento no Largo dos Laranjais, inaugurado em junho de 1956, num tributo das gentes de Guimarães.

Multifacetado, trabalhou como guarda-livros no Banco de Guimarães, que funcionava no Palacete da Praça de S. Tiago, entre 1873 e 1878. Pouco tempo depois, em 1884, foi o diretor técnico da primeira Exposição Industrial de Guimarães, promovida pela centenária Sociedade Martins Sarmento, que ajudou a fundar.

Alberto Sampaio, historiador de sólida cultura humanista, se vivesse neste tempo, estaria certamente atento ao desenrolar da história do museu, titular do seu nome. Hoje, esse museu, que já foi responsável pela salvaguarda do Castelo da Fundação, aguarda novo diretor há já algum tempo.

Isabel Fernandes dedicou-se um quarto de século e foi a última diretora do Museu de Alberto Sampaio. Saiu a 30 de abril último, mas há um ano já se sabia que iria aposentar-se. A empresa “Monumentos e Museus de Portugal”, constituída precisamente em outubro de 2023, iniciou funções em janeiro de 2024.

Passou a gerir os equipamentos culturais em todo o território nacional, incluindo naturalmente o Castelo de Guimarães, Paço dos Duques de Bragança e o… Museu de Alberto Sampaio! Que foi autonomizado e vai passar a ter um diretor próprio. Perspetivou-se que o(s) novo(s) rosto(s) fosse(m) encontrado(s) até junho. Os concursos foram lançados a 5 de agosto. Estamos em novembro. E até agora…

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