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Rock no Rio Febras despede-se em grande com casa cheia

Alberto Couto
Cultura \ domingo, julho 27, 2025
© Direitos reservados
Linda Martini e The Dandy Warhols fecharam com energia o festival que, em dois dias, mostrou que o rock pode ser local, solidário e inesquecível.

O segundo e último dia do Rock no Rio Febras 2025 terminou em apoteose: foram milhares as pessoas que marcaram presença no festival que cruzou talento local com nomes maiores do rock nacional e internacional — e que, pelo segundo dia consecutivo, não deixou ninguém indiferente.

O arranque deu-se com Jorge Vieira & Guilherme Estevão, que trouxeram ao palco uma abordagem folk-pop íntima e bem recebida pelo público na chegada. Logo depois, Zamora, jovens vimaranenses com alma psicadélica e uma energia crua, aqueceram o recinto com um som que se move entre o garage e o indie lo-fi.

Às 18h30, foi a vez dos Growing Circles, banda  taipense com mais de uma década de estrada, que estreou novas faixas do EP em produção. A sua mistura de rock progressivo e grunge mostrou maturidade e foi um dos momentos altos da tarde.

Indignu, banda barcelense de post-rock instrumental, subiram ao palco com um concerto denso e envolvente, marcado por crescendos emocionais e paisagens sonoras hipnóticas.

Indignu

Paraguaii, projeto que junta o eletrónico ao psicadelismo pop, trouxe um concerto visualmente forte e sonoramente dançável, revelando porque é uma das bandas mais celebradas da cena alternativa portuguesa.

Rafaello tomou conta do palco e ofereceu um set onde o pop-rock e o groove se encontram com teatralidade e identidade muito própria. Foi uma surpresa para muitos — e motivo de muitos aplausos.

A noite subiu de temperatura com a chegada de The Dandy Warhols, banda de culto norte-americana que conquistou com clássicos como Bohemian Like You e We Used to Be Friends, num concerto onde guitarras, carisma e nostalgia deram as mãos.

The Dandy Warhols

Pouco depois da meia-noite, Linda Martini confirmou por que razão continua a ser um dos nomes mais respeitados do rock português. A banda lisboeta, com quase 20 anos de carreira, entregou um concerto inesquecível.

A madrugada ficou por conta dos DJ sets: Daniel Almeida tomou as rédeas e Pedro Conde, organizador e também DJ, encerrou simbolicamente o festival, numa espécie de celebração privada com os resistentes.

Mais do que a música, o Rock no Rio Febras 2025 consolidou-se como um evento de comunidade: com 200 voluntários, campismo, entrada gratuita e todas as receitas solidárias destinadas à construção de um lar de idosos, o festival volta a provar que cultura e solidariedade podem caminhar juntas.

Com dois dias de festa, uma organização afinada e uma multidão generosa, fecha a sua maior edição de sempre com um sentimento unânime: isto foi muito mais do que um festival. Foi um momento de todos.

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