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Terra de Desporto

Raul Rocha
Opinião \ sábado, dezembro 02, 2023
© Direitos reservados
Guimarães é uma Comunidade que vive desporto. Na paixão dos adeptos e na amplitude do conjunto de profissionais qualificados no âmbito alargado da vida desportiva.

Tudo parece estabilizado. Até ao Natal, não haverá notícias. O Vitória, depois da contratação de Álvaro Pacheco, parece em sossego, mas dificilmente terá uma época de sonho, de registo histórico. O Moreirense está a ter a sua melhor época de sempre, mas é só a confirmação de um clube de uma pequena vila, até em decréscimo socioeconómico e demográfico, que tem tido na mais-valia do seu clube o seu valor mais alto e constante ao longo de todo o século XXI.

Nas modalidades, o Vitória está mais eclético do que nunca: primeiros patamares no Voleibol (masculino e feminino), basquetebol, andebol. O Xico Andebol confirma-se na formação e no projeto como um estabilizado clube de modalidade, um “histórico” do andebol português. Até na Ginástica, construída a Academia, o novo clube local já conquista títulos nacionais. Assim como no desconhecido Pólo Aquático.

É possível que toda esta estabilidade sofra algum sobressalto quando o mercado de janeiro no futebol surgir e comecem as especulações sobre vendas e contratações para o Vitória. Estamos ainda longe no calendário.

Daí a dificuldade do tema para esta escrita comentário mensal.

Mas devia ser fácil. Guimarães é uma Comunidade que vive desporto. Na paixão dos adeptos e na amplitude do conjunto de profissionais qualificados no âmbito alargado da vida desportiva. São treinadores de todas as modalidades, nascidos e formados na nossa comunidade, são advogados estudiosos do direito desportivo, são professores de educação física especializados em diferentes modalidades e são fundamentalmente praticantes de dezenas de equipas de clubes-concelho e clubes-freguesia. A formação desportiva, a partir da construção dos sintéticos, passou a ser mesmo um fator de sustentação associativa nas pequenas comunidades.

Também, e talvez devesse ser o maior realce, o desporto não competitivo, a cultura física de idosos e crianças, modalidades de pavilhão e piscinas, organizada nas juntas de freguesias e IPSS, muito incentivada pela “Tempo Livre”, cooperativa municipal para o desporto.

É assim o desporto, hoje, uma parte considerável da atividade económica, para além da lúdica, da vida vimaranense. Não é só o tema preferido nas conversas, tertúlias, discussões, ao longo de toda a semana nos cafés da cidade e pequenos espaços de convívio das freguesias, é também no quotidiano da cultura física que os vimaranenses praticam e gostam.

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