skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
28 abril 2024
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Libertem a Palestina

Rui Antunes
Opinião \ segunda-feira, outubro 23, 2023
© Direitos reservados
Os colonatos israelitas são cada vez mais. Famílias foram separadas e perderam as terras férteis. São refugiados no próprio país.

A situação política no Médio Oriente está a atirar milhões de pessoas para uma catástrofe humanitária sem precedentes. Depois dos atentados terroristas desencadeados pelo Hamas, Israel está a condenar o povo palestiniano inocente à morte. De um lado, radicais muçulmanos que negam a possibilidade de existência dos judeus. Do outro, Benjamin Netanyahu que representa os radicais judeus que negam a possibilidade de existência dos muçulmanos.

Os ataques de 07 de outubro do Hamas no sul de Israel devem ser condenados inequivocamente. O Hamas é uma organização terrorista e não tem o direito de matar civis indiscriminadamente. Israel pode defender-se, nos termos das leis, protegendo a população e infraestruturas civis. Este pressuposto é válido para todos os estados. A resposta militar deve ser sempre proporcional e em respeito pelos direitos humanos. Não se combate terroristas com terrorismo. Israel tem feito tábua rasa do direito internacional. Cortou a energia e a água, faz bombardeamentos indiscriminados, afetando escolas e hospitais, e impede a entrada de ajuda humanitária.

Os lideres mundiais têm de exigir um cessar-fogo imediato. A construção para a paz faz-se à mesa das negociações. As conversações devem iniciar com a entrada de bens alimentares e produtos médicos. Os feridos precisam de ser retirados para tratamentos. A população civil deve ser protegida.

Para melhor compreender este conflito é conveniente perceber como chegamos aqui. A solução de dois estados proposta pela ONU para este território nunca foi cumprida. Em 1947, foi proposto que a Palestina cedesse mais de 50% do território para a criação do Estado de Israel. O resultado foi mais de 700 mil pessoas expulsas das suas terras. Este êxodo forçado ficou conhecido como Nakba ou catástrofe. E não ficou por aí. Em 1967, Israel ocupa mais 20% do território palestiniano e deixa de haver ligação terrestre entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Ao longo dos anos, a ocupação continuou e a instalação de colonatos israelitas é cada vez mais intensa. Atualmente, a Palestina está reduzida a menos de 15% do território e não há liberdade de circulação. Famílias foram separadas e perderam as terras férteis necessárias à sua subsistência. São refugiados no próprio país. Vivem numa prisão a céu aberto, condenados à miséria.

Israel é um estado ocupante que prende e mata sem julgamento. Por isso, é necessário que a comunidade internacional exija a libertação dos territórios ocupados e promova uma solução de convivência pacífica entre os dois povos. O povo palestiniano merece viver no seu território e em paz.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: