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Amor é amor

Rui Antunes
Opinião \ segunda-feira, julho 03, 2023
© Direitos reservados
É com orgulho que as pessoas saem à rua, orgulho pela luta popular, pelo respeito pelo outro, por uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.

No passado sábado, a Marcha LGBTQIAP+ de Guimarães percorreu as ruas da cidade e chamou a atenção para a necessidade de defender os direitos das pessoas LGBT+ em Portugal. Apesar de termos uma lei que dá direitos iguais a toda a gente, socialmente as pessoas LGBT continuam a sofrer discriminações de várias ordens. É por isso importante gritar bem alto que há o direito das pessoas serem o que quiserem. Amor é amor.

Um pouco por todo o mundo, junho é o mês do Orgulho LGBT+. São organizadas manifestações, marchas e festas que dão visibilidade a uma comunidade muitas vezes ameaçada. Este movimento teve inicio nos Estados Unidos da América, em 1969, em resposta a um ataque da polícia nova-iorquina ao bar Stonewall, frequentado pela comunidade LGBT. A resposta popular foi dada na rua, com várias manifestações a exigirem respeito. Algumas semanas depois, os moradores do bairro organizaram grupos para assegurar que as pessoas pudessem frequentar os bares sem medos de ser presos ou violentados.

O mês de junho fica assim marcado. Nos anos seguintes, organizam-se vários eventos que comemoram essa revolta popular. É com orgulho que as pessoas saem à rua, orgulho pela luta popular, orgulho pelo respeito pelo outro, orgulho por querermos uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva para toda a gente.

A violência que a comunidade LGBT sofre diariamente é muito grande. Na organização da marcha vimaranense, a associação Humanamente tem vindo a alertar para a necessidade de criação de casas de abrigo que permitam às pessoas terem um sitio seguro para viver. Porque sim, muitas vezes a violência sobre esta comunidade começa em casa, com familiares a não aceitarem a natureza e as escolhas destas pessoas, condenando-as à expulsão do lar e ao corte das relações familiares. Se adicionarmos outras características, como o género ou raça, estas pessoas vivem uma situação de exclusão social muito elevada.

Por isso, é importante que estes eventos sejam realizados no centro das cidades. É o confronto de ideias que traz progresso e estas iniciativas geram apoio nos aliados e desconforto nos conservadores. Infelizmente, no Porto, a câmara municipal quer tirar a marcha do centro da cidade, pelo que a organização lançou a petição “Contra a invisibilidade, queremos festa no centro da cidade”. É esta resistência que exige respeito pelos direitos de toda a gente que também nos enche de orgulho. Esta revolução trará um futuro colorido pelas cores do arco-íris. Uma sociedade que respeita toda a gente é um sitio melhor para se viver.

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