A crise é climática
Os impactos das alterações climáticas são cada vez mais evidentes. Cheias na Alemanha, fogos de grandes dimensões nos Estados Unidos, seca em Madagáscar e, em Portugal, as ondas de calor e cheias em Guimarães, a seca em Odemira e os incêndios em Pedrógão são exemplos de um planeta doente e precisar de respostas urgentes que combatam este flagelo.
Apesar dos inúmeros alertas dos cientistas, para a limitação imediata da emissão de gases poluentes, os governos locais e nacionais continuam a apresentar respostas tardias e insuficientes, pelo que podemos chegar a um ponto de não retorno, em que os fenómenos climáticos extremos intensificam-se e a situação será impossível de reverter.
Para se perceber melhor quais as implicações para o nosso território, uma equipa da Universidade do Minho vai estudar o impacto provocado pelas alterações climáticas, nomeadamente a subida do nível médio do mar e o aumento dos incêndios, no Parque Nacional Peneda-Gerês e nos parques naturais do Litoral Norte e Alvão. O projeto ClicTour - Alterações climáticas e resiliência do turismo nas áreas protegidas do Norte de Portugal tem financiamento europeu e conta com uma equipa multidisciplinar de investigadores nas áreas de comunicação, economia e turismo, que trabalharão em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
O desenvolvimento de um modelo que permita compreender com mais detalhe de que forma as alterações climáticas afetaram as nossas vidas e ter um conhecimento mais aprofundado sobre as medidas que devem ser tomadas para combater as alterações climáticas.
Algumas respostas urgentes para proteger o planeta são conhecidas e devem ser executadas com a maior brevidade possível. Por um lado, precisamos de reduzir drasticamente as emissões poluentes, promovendo a circulação pedonal e ciclável, limitando a circulação automóvel nos centros urbanos e investindo num serviço de transportes públicos eficaz e eficiente. Por outro, necessitamos de proteger os recursos naturais, aumentando a área florestal e impedindo a impermeabilização dos solos, para que a natureza funcione como sumidouro de carbono.
A emergência climática é o desafio dos nossos dias. As ações que tomamos hoje determinarão a sobrevivência da nossa espécie e do planeta. Estas eleições para as autarquias locais são determinantes para debater sobre as melhores propostas para responder a crise climática. Devemos proteger o território e decidir sobre o futuro que queremos construir em respeito pelo ambiente e pela natureza.