Zona de Couros: procedimento aberto para ampliar centro histórico
Foi esta quinta-feira publicada em Diário da República a abertura de procedimento da ampliação da classificação do Centro Histórico de Guimarães, alargando-se à Zona de Couros a categoria de zona especial de proteção provisória (ZEPP).
Trata-se de um passo inicial para classificar a zona de Couros como Monumento Nacional, desiderato necessário para que posteriormente seja possível alargar o título da UNESCO de Património Cultural da Humanidade.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, considera este passo como de enorme importância, relembrando o investimento que está a ser feito na zona de Couros e na sua envolvência.
Nomeadamente requalificação do Teatro Jordão e Garagem Avenida, a reabilitação da antiga Fábrica Freitas & Fernandes, a aquisição para reabilitação da Fábrica do Arquinho, na Futura Escola Hotel a instalar na Quinta do Costeado, a construção do Parque de Estacionamento de Camões, e reabilitação da rua Dom João I e Caldeiroa.
Executivo municipal debateu esta questão há três meses
Este tema foi já amplamente debatido, inclusivamente em reunião de câmara. Há três meses os deputados do PSD questionaram a ministra da Cultura sobre o estado do processo, depois de Ricardo Araújo ter levado o tema à reunião do executivo.
“O que quisemos manifestar foi a nossa preocupação com o atraso deste objetivo que a todo nos une. Acreditando no vereador Seara de Sá o que a Câmara Municipal de Guimarães tinha a fazer está feito, pelo que são as entidades nacionais com responsabilidade nesta área que não estarão a corresponder às repostas que Guimarães tem como legítimas expetativas”, referiu Ricardo Araújo em reunião.
Da parte do município a resposta foi dada por Seara de Sá, vereador do urbanismo e Centro Histórico, que referiu que no meio desta “via sacra” o município está a “correr as capelinhas todas”, por vezes fazendo trabalhos de outras entidades.
“Estamos a fazer o que tem de ser feito. O desejo de qualificação daquela área obriga-nos a fazer um conjunto de trabalhos de rigor para a classificação a Monumento Nacional, condição para que logo de seguida o estado português leve esta proposta à UNESCO. Para isso precisamos de lá chegar com uma proposta sólida, contendo a forma como vai ser gerido no futuro”, aponta