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Guimarães
05 dezembro 2024
tempo
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Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Do ambiente à eficácia, passando pela intensidade de jogo: um rotundo zero

Redação
Desporto \ sábado, janeiro 07, 2023
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O Vitória teve mais bola e foi ligeiramente mais perigoso do que o Rio Ave, mas com raras situações em que o golo esteve perto. O resultado espelhou a pobreza do duelo e da atmosfera nas bancadas.

O espetáculo a que se assistiu este sábado no Estádio D. Afonso Henriques fundiu-se na perfeição com a chuva e o céu cinza que se abatem sobre Guimarães: um jogo pobre, em que as ocasiões se contam pelos dados da mão, entre o mar de bolas disputadas pelo ar, aos repelões, e de circulação de bola estéril. Embora mais transpirado do que inspirado, faltou ao duelo ritmo para pelo menos ser mais emotivo. O nulo entre Vitória e Rio Ave foi assim a conclusão natural do que se viu ao longo dos 90 minutos.

O primeiro jogo de 2023 merece um ataque renovado: Jota Silva substituiu Rúben Lameiras na direita e André Silva foi o ponta de lança eleito para o ataque à baliza do Rio Ave, que até começou melhor.

Os primeiros 10 minutos foram difíceis para a turma de Moreno: incapaz de se libertar da pressão alta vila-condense, com sucessivos passes entre a direita e a esquerda, os jogadores da casa não só ficaram várias vezes remetidos ao seu meio-campo, como cediam muito espaço para o ataque rápido dos adversários. A formação de Luís Freire aproveitou sobretudo a velocidade de Costinha na direita para levar perigo à baliza, num lance em que Boateng quase se isolou perante Varela, num remate de Leonardo Ruiz desviado para canto e num outro do médio lateral-direito por cima.

As primeiras respostas à corrente ofensiva verde e branca saíram dos pés de Jota Silva, ao minuto oito, e de Hélder Sá, ao minuto 14, antecipando uma fase mais ofensiva e também mais segura para o Vitória, ainda que pouco exuberante.

Esse crescimento desaguou na oportunidade mais flagrante da primeira metade, com Jhonatan a opor-se com uma defesa espantosa: Tiago Silva cobrou o livre da esquerda e André Amaro desviou-a de costas, sem visibilidade para o ex-guarda-redes de Vitória e Moreirense, ainda assim capaz de negar o golo.

A toada de ligeiro ascendente vitoriano, tendo o equilíbrio como pano de fundo, estendeu-se até ao intervalo. Pelo meio mais ocasião para a equipa trajada de branco, com o desinspirado Mikey Johnston a perder tempo de remate quando estava isolado, aos 34 minutos.

O ascendente que o Vitória conquistou ao longo da primeira parte estendeu-se para a segunda, mas com as mesmas limitações que se viram até ao intervalo: a equipa queria, mas faltava-lhe precisão nas combinações que poderiam romper a defesa vila-condense: ora a tabela saía mais longa, pela linha final, ora ficava curta, ao alcance dos defesas rioavistas. Estes erros na criação reduziram o volume de oportunidades de golo aos remates de André Silva e de Anderson, este último travado por Jhonatan.

Pelo meio, ao minuto 65, o extremo do Rio Ave, Emmanuel Boateng, queixou-se de insultos racistas oriundos da nascente inferior ao árbitro André Narciso. O juiz da Associação de Futebol de Setúbal exigiu ao speaker que lesse a declaração que manda o procedimento nestas situações, antes do jogo prosseguir.

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