Vitória procura lugar aprazível na Cidade do Sol. Promessa é “dar o melhor”
Entre as vivendas caiadas de Héliopolis – Cidade do Sol, em grego –, ergue-se um gigante de betão onde o Vitória SC inicia a batalha pelo acesso aos quartos de final da Liga Conferência. A equipa de Guimarães visita pela segunda vez o Estádio Benito Villamarín, recinto onde podem coabitar 60.000 almas, na tentativa de fazer melhor do que na estreia: derrotada por 1-0 em 24 de outubro de 2013, com um golo de Vadillo, aos 50 minutos, a formação preta e branca apresenta-se esta quinta-feira em Sevilha com um estatuto europeu mais reforçado – foi segunda classificada na fase de liga, atrás do colosso Chelsea –, perante uma versão ‘verdiblanca’ de craveira superior, onde pontificam Isco, Antony ou Marc Bartra, pese o desempenho aquém do esperado na primeira fase da Liga Conferência – 15.º posto.
A valia dos béticos, sextos classificados na Liga espanhola, após derrotarem o Real Madrid no domingo (2-1), está longe de assustar o treinador Luís Freire e Tiago Silva, que projetaram o encontro marcado para as 17h45 desta quinta-feira (18h45 locais). “Temos ambição de vencer. Não há outra forma de encarar o jogo. Quem representa este clube tem esta responsabilidade. Não adianta virmos aqui e fazermo-nos de coitadinhos e dizer que o Bétis é favorito, porque não é. É obvio que estão a jogar em casa e vão ter o apoio dos seus adeptos, mas o nosso objetivo é levar o jogo para casa”, frisou.
Impassível perante o triunfo dos sevilhanos sobre o campeão espanhol e perante as declarações do CEO do Betis, Ramón Alarcón, a admitir que o seu clube teve sorte por encontrar o Vitória e não o Chelsea nos oitavos, o médio realçou que o Vitória está pronto para competir e que, só no final, saber-se-á se o Betis teve sorte ou não. O desafio é claro: manter a invencibilidade numa prova em que soma 10 triunfos e dois empates, incluindo pré-eliminatórias e fase de liga, e garantir uma boa posição para decidir os oitavos em Guimarães, a 13 de março.
“Voltar a Portugal com uma vitória”
Luís Freire crê que o Vitória não foi inferior a nenhum adversário desde que assumiu o comando técnico do plantel, daí a valia do Bétis não lhe retirar foco sobre as tarefas a cumprir durante os 90 minutos. Os seus jogadores querem-se apresentar com “muita ambição, vontade e confiança".
"As pessoas merecem o nosso melhor e o foco está neste jogo. Vamos procurar ganhá-lo (…). Queremos muito conseguir os nossos objetivos. Estamos preparados para amanhã e preparamos ao máximo para conseguirmos voltar a Portugal com uma vitória. É uma equipa com capacidade, com jogadores mundialmente conhecidos, mas, deste lado, também há muita gente. A partir do momento em que o árbitro apita, é jogo”, realçou.
Com “máximo respeito” por Manuel Pellegrini, treinador do Bétis, Luís Freire desvalorizou a derrota sofrida há pouco mais de 11 anos naquele mesmo estádio e também a sua estreia nas competições europeias, numa carreira erguida a pulso. “Este jogo vai ser mais um na minha vida. Sei como me comporto. Já estive na 3.ª Divisão distrital de Lisboa. Vai ser mais um dia em que quero ganhar, com a minha equipa, jogadores e adeptos. Quero é que a equipa jogue bem”, referiu.
O Vitória apresenta-se em Sevilha com 22 elementos, incluindo três da equipa B: o defesa Rika, o médio Diogo Sousa e o avançado Rodrigo Duarte.
