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Movimento denuncia agressão homofóbica junto ao cemitério de Monchique

Redação
Sociedade \ terça-feira, maio 30, 2023
© Direitos reservados
Segundo o Movimento Guimarães LGBTQIA+, um homem foi agredido a soco e a pontapé há uma semana, devido à sua orientação sexual, na mata contígua ao cemitério.

Um homem foi agredido a soco e a pontapé no designado Monte dos Rotários, junto ao Cemitério Municipal de Monchique, tendo ficado com o “rosto inchado e banhado a sangue”, devido “apenas e só” à sua orientação sexual, denuncia o Movimento Guimarães LGBTQIA+, em comunicado.

“O Movimento Guimarães LGBTQIA+ alerta para a ocorrência de atos de violência homofóbica, na zona de cruising, do parque de estacionamento, do cemitério de Monchique. Assim, expomos publicamente que, na última terça-feira, 23 de maio, pelas 18h30, dois indivíduos, na faixa etária dos vinte anos, agrediram selvaticamente, um senhor, a soco e pontapé”, refere a nota. A prática de cruising refere-se à procura de “relações sexuais gratuitas, consensuais e anónimas em locais públicos, tais como matas, praias e parques de estacionamento”, esclarece o movimento.

Após receber “um primeiro auxílio”, a vítima recusou-se “a chamar as autoridades ou a participar o crime”, antes de ser “convencida a dirigir-se ao hospital” para tratar dos ferimentos, que “aparentavam ser graves”.

O movimento indica ainda que o “engodo e a entrada e saída dos agressores na mata foi testemunhada, assim como parte da matrícula da viatura em que fugiram, tal como a marca, modelo e cor do veículo” e afirma ter recebido “mais denúncias” de “ameaças homofóbicas no mesmo local”, provenientes de indivíduos com a mesma descrição. “Parece haver um padrão, que indicia, a probabilidade, da existência de mais casos”, observa.

O Movimento Guimarães LGBTQIA+ expressa ainda o receio de “uma escalada de crimes homofóbicos”. “Recordamos que o aumento de tais práticas se liga diretamente ao aumento da intolerância na sociedade, ao discurso de ódio e à ausência da aceitação e da verdadeira inclusão”, lê-se.

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