
Vila Flor e CIAJG acolhem "Estrada Perdida" e "Inferno" até 21 de setembro
A exposição "Estrada Perdida", de Victor Costa, atualmente patente no Palácio Vila Flor, bem como "Inferno", obra proveniente de um mestre português desconhecido de 1510-1520, filmada por Mariana Caló e Francisco Queimadela, disponível no CIAJG, podem ser visitadas até ao penúltimo fim de semana deste mês, 20 e 21 de setembro, respetivamente”.
Patente desde junho, “Estrada Perdida” ocupa todo o espaço expositivo do Palácio Vila Flor e constitui uma retrospetiva da prática artística de Victor Costa. A mostra reúne trabalhos de desenho e pintura que percorrem o trajeto do artista desde o início dos anos 2000 até à atualidade, explorando “as relações entre o olhar e o real, as infinitas camadas do mundo visível”, como refere o comunicado.
No último dia desta exposição, 20 de setembro, às 16h00, será lançado o catálogo de "Estrada Perdida", uma publicação que cobre “um largo espectro da produção artística deste artista, documentada a partir de texto e imagens”. O catálogo é uma coedição do Centro Cultural Vila Flor/A Oficina e da Documenta/Sistema Solar, com design de Manuel Rosa. Inclui textos do curador Ivo Martins e um ensaio de Nuno Faria.
Já no CIAJG, a exposição “Inferno” parte da filmagem da pintura de autor português desconhecido, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Arte Antiga. O trabalho da dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela, com curadoria de Marta Mestre e João Terras, propõe um olhar renovado sobre a obra, considerada uma das mais peculiares do seu período. "É uma das mais peculiares pinturas portuguesas, geralmente conotada com os “Primitivos Portugueses”, por referência à pintura da segunda metade do século XV e começos do século XVI", explica a organização.
A pintura apresenta uma visão medieval do inferno, organizada em torno dos pecados capitais, onde “o demoníaco é associado ao universo extra-europeu”, sendo que Lúcifer aparece com toucado de penas ameríndias, num trono africano, segurando uma trompa de marfim. O registo audiovisual desta peça encontra-se em exibição solitária no piso inferior do CIAJG até 21 de setembro.
Subindo no mesmo museu, o público pode ainda visitar “Intervalo”, de Alexandre Estrela, patente até 15 de novembro. A instalação, criada especificamente para o CIAJG, explora as relações entre pintura, vídeo e memória coletiva.
@Imagem: CM Guimarães - Paulo Pacheco