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Via do Avepark não avança e outras obras serão reavaliadas

Redação
Política \ terça-feira, dezembro 09, 2025
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Plano e Orçamento para 2026 aprovado por maioria na reunião do executivo municipal realizada na manhã desta terça-feira.

O novo executivo da Câmara Municipal de Guimarães retirou do Plano e Orçamento para 2026 a construção da Via do Avepark e colocou em stand by, para reavaliação dos projetos, as intervenções previstas para a Fábrica do Alto, em Pevidém, Avenida D. João IV e Loja do Cidadão.

Num orçamento de 220 milhões de euros, aprovado por maioria, com a abstenção do Partido Socialista, a questão da Via do Avepark, a par da questão dos impostos municipais noutros pontos da Ordem do Dia, foi a que levantou maior discussão com o executivo a admitir a devolução de 1,5 milhões de euros de fundos comunitários “atribuídos mas que não tendo sido utilizados, são para devolver”, conforme admitiu Ricardo Araújo, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que, para além da questão politica da decisão, que assumiu como principal motivo para não avançar com a obra, apontou a impossibilidade de ter a via executada até meados de 2026, por forma a poder usufruiu dos 20 milhões de euros do PRR, numa empreitada inicialmente orçamentada em 40 milhões de euros e que nesta altura acarretaria uma investimento ainda maior.

Para o presidente da Câmara Municipal de Guimarães “a Via do Avepark não saía de lugar. Por outro lado, nós sempre dissemos politicamente que não concordávamos com aquela solução. Portanto, aquilo que estamos a fazer é ser consequentes, a retirar do Plano de Orçamento a Via do Avepak, defendendo outras alternativas, que é a requalificação da Estrada Nacional 101, mesmo com o projeto do Metrobus, e, por outro lado, defender junto do Governo a possibilidade de criar um novo nó de acesso à autostrada para a zona norte do concelho”.

Ainda a este propósito, Ricardo Araujo reforçou que esta decisão se trata de “uma opção política” e que a obra “não tinha financiamento suficiente assegurado”.

Relativamente aos projetos que ficarão a aguardar reavaliação, Ricardo Araújo assume “com clareza” que o projeto existente para a Avenida D. João IV “não é, neste momento, prioritário e, portanto, vai ficar suspenso”.

Sobre a Fábrica do Alto, diz ser um projeto “interessante” e que está “alinhado” com as suas prioridades políticas de “transformar Guimarães numa ao nível da inovação em diferentes setores da atividade económica”. Contudo, refere, “uma obra de 10 milhões de euros que só tem meio milhão de euros de financiamento comunitário, não está, do meu ponto de vista, em condições de avançar. Temos que trabalhar com os nossos parceiros, trabalhar com o Governo, ver a possibilidade de aumentar o financiamento comunitário. Porque a Câmara de Guimarães e o seu orçamento não podem continuar a investir nestes projetos sem haver também a participação dos parceiros e a participação nacional e europeia”.

O mesmo se passa com a Loja do Cidadão que tem uma comparticipação do Governo muito baixa, motivo que leva o executivo a “repensar” esta questão, garantido, contudo, Ricardo Araújo, que quer ter uma Loja do Cidadão.

Ricardo Costa, líder da oposição considera este orçamento uma “manta de retalhos” dado que “as grandes bandeiras que aponta, são as bandeiras anteriores, do Partido Socialista”.

Ricardo Costa, mostrou-se desagradado com a opção de abandonar a construção da Via do Avepark, considerando-a “grave” dizendo mesmo temer que “deixar cair uma via desta dimensão é deixar de ter argumentação para exigir de novo um acesso à zona norte do concelho e à autostrada. Porque o que esteve por trás do financiamento da via do Ave Parque, ou destas três fases (desnivelamento do Nó de Silvares, rotunda do Parque Industrial de Ponte e via de ligação ao Avepark), não foi, em concreto, as obras em si, mas foi um racional económico que foi necessário ser demonstrado para sermos financiados”.

Sobre a obra da Avenida D. João IV, Ricardo Costa acusa o presidente da Câmara Municipal de incoerência, defendendo que se enquanto vereador não concordava com a mesma, teria de votar contra e não a favor, conforme fez na altura.

Relativamente à Fábrica do Alto, Ricardo Costa fala em “prioridades invertidas”. “A Fábrica do Alto, vulgo, Academia Digital, é fundamental (da mesma forma que o Avepark) para alterar estruturalmente a economia do nosso concelho que tem de ser muito mais digital, muito mais tecnológica e os sinais que hoje vimos na apresentação deste Orçamento, vão completamente no sentido contrário”, adiantou.

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