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Urbanismo: 30 propostas envolvem privados para o “crescimento de Guimarães”

Bruno José Ferreira
Sociedade \ quarta-feira, junho 05, 2024
© Direitos reservados
Há 500 ha para desenvolvimento empresarial e habitacional, repensando-se o urbanismo. Oposição considera “curto”, câmara fala em “algo fora da caixa que vai potenciar o crescimento de Guimarães”.

O executivo municipal deliberou na última reunião de câmara três dezenas de propostas de contratos de planeamento que estão a deixar “entusiasmada” a vereadora do urbanismo, Ana Cotter, que olha para o trabalho desenvolvido como algo “fora da caixa” que vai potenciar o “crescimento de Guimarães”.

Estas 30 propostas dizem respeito a 18 unidades territoriais em 15 freguesias, que visam complementar lacunas existentes no território e bolsas de terrenos que podem ser potencializados, com “sinergias com proprietários e promotores” privados. Ao explicar o projeto, a vereador fez notar que “houve uma intervenção muito forte junto das entidades” como a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) para que fosse possível “ter mais segurança nesta alteração”.

Foram sinalizadas áreas de solo rústico, cerca de 500 ha, que “à medida que os projetos se forem executando, num período de quatro anos, o solo transforma-se e urbano”. Ana Cotter contextualizou que “alguns promotores tinham receio”, mas com este projeto “vai ser retirada a carga burocrática” e, acredita a vereadora, “combater a especulação”.

Num “trabalho por todo o concelho”, com “visitas aos locais” em proximidade com os presidentes de junta, Ana Cotter referiu que “a conquista de solo para urbanizar foi muito difícil”, projetando-se uma articulação entre o privado e o município para que seja possível expandir parques industriais e zonas habitacionais tendo em conta necessidades estruturais de ordenamento do território e de mobilidade.

“Se só está isto no PDM parece-me curto” – Bruno Fernandes, vereador do PSD

Na discussão deste tema, Bruno Fernandes referiu que continua a “não ver uma estratégia em cima da mesa” no que concerne a este “tema estruturante para o concelho”. O vereador da oposição questionou pelo ecoparque anunciado para se fazer na sua do concelho, dizendo que “empresas com valor acrescentado, com dimensão, escolham outros municípios para se instalarem”.

“Se só está isto no PDM parece-me curto”, analisou o vereador, concretizando que “estamos a marcar passo em relação a outros municípios”. Bruno Fernandes considera que “são poucos hectares”, tratando-se apenas de “dar resposta a uma necessidade”, sem a dimensão de “captar investimento e estar no radar de grandes empresas multinacionais”.

“Não percebemos muito bem como vamos casar com a rede de transportes, o que estamos a fazer é ampliar o existente”, disse, frisando a necessidade de “ser ambicioso” e “adicionar ao que trouxe para votarmos algo mais estratégico e mais estruturante para o concelho”.

“Não é uma estratégia cega, é uma estratégia real com os proprietários, empresários, e em conjunto se veja o que é necessário” – Ana Cotter, vereadora do urbanismo

Em resposta, Domingos Bragança olhou para este projeto como “importante e promissor” pelas “sinergias com privados”, considerando um “acelerador de investimento”. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães frisou que além das propostas apresentadas há outras, dizendo estar a trabalhar na questão do ecoparque.

“O que estamos a fazer é estruturante, acresce muito responsabilidade para quem me seguir porque é documento de enorme importância estratégica para o futuro de Guimarães”, vincou. Ana Cotter complementou que se trata de um planeamento urbanístico que “não se vê há trinta anos ou mais”. “Não é uma estratégia cega, é uma estratégia real com os proprietários, empresários, e em conjunto se veja o que é necessário”, concluiu.

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