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A Oeste, a universidade sénior tem alunos com “muito para aprender e dar”

Tiago Mendes Dias
Diversidade & Inclusão \ sábado, maio 06, 2023
© Direitos reservados
Entre ginástica, música e culinária, a Universidade Sénior Teófilo Braga tem cerca de 60 alunos prontos a “evoluir e a aprender de forma informal”, num modelo que escapa ao rótulo “assistencialista”.

Na ginástica sénior, no grupo de cantares e cavaquinhos, nas visitas a monumentos ou a empresas locais, nas aulas de culinária ou em frente ao ecrã, nas aulas de informática, os alunos da Universidade Sénior Teófilo Braga de Guimarães estão, por norma, motivados para “continuar a evoluir e a aprender de forma informal”, refere a coordenadora Sílvia Oliveira.

"Os nossos alunos são empoderados, não são tidos como pessoas que não trazem nada de novo para a sociedade. São pessoas de pleno direito e capacidades, que têm ainda muito para aprender e para dar", vinca a responsável pelo projeto inscrito desde 2016 na RUTIS, entidade que congrega mais de 300 universidades de terceira idade no país.

Com cerca de 60 alunos desde os 55 aos 92 anos, da União de Freguesias de Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil e da União de Freguesias de Leitões, Oleiros e Figueiredo, bem como das vizinhas vilas de Brito, Ronfe e Joane, esta no concelho de Vila Nova de Famalicão, a universidade dispõe ainda de um centro de convívio e promove atividades intergeracionais, com as turmas da EB1 de Poças, em Santa Maria de Airão, o que dá às crianças momentos educativos para lá “das aulas de português e de matemática”.

Para Sílvia Oliveira, a mais-valia de uma universidade como a que é tutelada pela cooperativa CAISA é “a interação social e a valorização da pessoa idosa sem ser num formato assistencialista”. “Enquanto as outras respostas para as pessoas idosas costumam ser para pessoas com limitações, com algumas dificuldades, a universidade sénior é para todos, para quem está com todas as capacidades e competências, para quem quer aprender mais, para quem não quer estar parado”, descreve.

Após um pico de 80 alunos na fase pré-pandemia, a covid-19 interrompeu as aulas presenciais e suscitou “graves problemas de isolamento e de solidão”, mesmo com as aulas online. O ano letivo 2022/23 marca a retoma em pleno das atividades, o que se tem refletido na motivação de quem ali estuda.

"No ano passado, estávamos limitados no número de alunos que podemos ter por turma, nas máscaras, nos constantes períodos de isolamento. Este começa a ser o primeiro ano em que temos um ano letivo limpo, em que pudemos recomeçar todas as atividades. As pessoas vêm muito motivadas e muita necessidade de compensar o tempo perdido, com muita necessidade de interagir e de socializar, sobretudo”, descreve a responsável.

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