
Universidade do Minho adota nova política de ciência aberta
A Universidade do Minho (UMinho) aprovou recentemente uma nova Política de Ciência Aberta, consolidando um conjunto de orientações que visam fortalecer a credibilidade e o impacto da investigação científica. O documento, publicado através do Despacho RT-91/2025, atualiza as práticas institucionais nesta área e alinha-as com as recomendações da UNESCO, União Europeia, Associação Europeia de Universidades, Aliança Europeia Arqus e Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Entre os principais eixos da nova política estão o acesso aberto a publicações e dados de investigação, a promoção de recursos educativos abertos, ciência cidadã, software de código aberto e práticas de inovação colaborativa. O texto destaca também a obrigatoriedade do depósito de publicações no repositório institucional RepositóriUM, com a inclusão de livros e capítulos de livros como categorias científicas relevantes, ainda que com possibilidade de períodos de embargo. O uso de licenças abertas e orientações baseadas nos princípios FAIR para a gestão de dados científicos também é reforçado.
A UMinho tem um histórico reconhecido na promoção do acesso aberto, tendo criado em 2003 o primeiro repositório institucional em língua portuguesa, estabelecido uma política de autoarquivo em 2005 e lançado o repositório de dados DataRepositóriUM em 2020. A instituição é ainda cofundadora e cocoordenadora de várias redes e projetos internacionais nesta área, como o RCAAP, o Repositório Científico da CPLP, COAR, OpenAIRE AMKE e CoARA.
Esta nova política integra-se no Plano de Ação 2021/2025 da universidade e articula-se com documentos estratégicos como o Código de Conduta Ética, a Política de Privacidade, a Política de Proteção de Dados e o Regulamento de Propriedade Intelectual, consolidando o papel da UMinho como instituição de referência no campo da ciência aberta.