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Turitermas: "convulsão" VS "gestão normal" numa cooperativa "importante"

Bruno José Ferreira
Política \ terça-feira, abril 12, 2022
© Direitos reservados
Alteração do diretor executivo da régie cooperativa levou a oposição a questionar, uma vez mais, o funcionamento da Taipas Turitermas. Hugo Ribeiro fala em "convulsão", Bragança em "gestão normal".

“Quando vai haver estabilidade na Turitermas para desenvolver a sério o seu projeto?” A questão foi levantada este terça-feira na reunião de câmara pelo vereador Hugo Ribeiro, na sequência do pedido de indeminização do médico Hélder Pereira à cooperativa municipal e ainda da troca do diretor executivo, conforme o Reflexo noticiou.

O vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães vê com “perplexidade” a sequência de acontecimentos na Turitermas, assim como as justificações do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, que fala em ações de “gestão corrente” como em qualquer empresa.

“Soube-se que o médico Hélder Pereira meteu uma ação em tribunal em que pede uma indemnização de mais de 400 mil euros. Mas isso não é o que vem ao caso. Importa saber por que razão está, como tem estado, a Taipas Turitermas em convulsão. Há um ano e meio Miguel Sousa era nomeado como diretor executivo, porque tinha o perfil indicado. Passado um ano e meio há outro presidente com o perfil indicado. O perfil que têm em comum é o cartão de militante do PS. Porque não contratar as pessoas pelo currículo e não pela filiação partidária?”, disse Hugo Ribeiro.

O líder máximo do município, que tem 95% do capital da Turitermas, respondeu então que se trata de uma “decisão de gestão corrente”. “Não existe convulsão nenhuma, temos de aceitar que é assim, nesta cooperativa e noutras instituições, um pedido de demissão, é normal”.

Já depois da reunião, em declarações aos jornalistas, Hugo Ribeiro sustentou que a Turitermas é “importante demais para o concelho” e que, por isso, “preocupa imenso que esta cooperativa esteja constantemente em convulsão interna e não se dedique ao seu verdadeiro projeto de forma séria”. Em relação ao pedido de indeminização de Hélder Pereira, o vereador frisou que “se imputar o pagamento de 450 mil euros temos de ter muito cuidado, porque não são atos normais de gestão corrente”.

Domingos Bragança reforçou a ideia que é um “processo de gestão normal”, a troca de diretor executivo, enquanto que “a ação judicial é um direito de Hélder Pereira”. O presidente da câmara demonstrou alguma preocupação com o endividamento da cooperativa.

“A Turitermas tem enorme potencial na área do termalismo. Espero que continue a desenvolver uma atividade meritória. Tem é um nível de endividamento um pouco elevado e tem de se resolver, que resulta do investimento forte que foi feito, quer no edifico termal quer no polidesportivo. Houve menos comparticipação financeira do que o esperado e é preciso arranjar solução”, concluiu.

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