Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia em greve durante três dias
Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães vão fazer três dias de greve, de 24 a 26 de maio. O Sindicato dos Trabalhadores de Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) alega que a ação concertada é uma “forma de protesto contra as condições de trabalho, que se têm vindo a agravar desde o início da pandemia”.
Entre os motivos apresentados, o Sindicato acena com o “acordo de empresa”, o aumento de salários, a regulação dos horários de trabalho, o fim dos horários precários, a liberdade sindical dentro da instituição e “o fim do assédio laboral que tem fustigado os trabalhadores”. A organização sindical diz mesmo que há “repressão, opressão, censura e perseguição”.
Esta sexta-feira, após o sindicato tornar pública a intenção de fazer greve, a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães reagiu. Também através de um comunicado, a instituição fala em “falsas notícias” cujo o único objetivo é “ofender o bom nome” de uma casa com “500 anos de existência”.
“Tem sido entendimento desta Mesa Administrativa que comportamentos por parte de qualquer Colaborador da Instituição, que se revelem violadores dos deveres laborais, mormente os que possam pôr em causa o bem-estar, a saúde e a segurança dos Utentes ou de qualquer outro Colaborador serão objeto de procedimento disciplinar”, refere a Santa Casa. Na nota assinada pelo provedor, a instituição alega que o comunicado da organização sindical “nem sequer revela a opinião da maioria dos colaboradores”.
Secretária-geral da CGTP marca presença
A CESP frisa no comunicado que, “perante a marcação da greve”, a administração da Santa Casa terá incrementado a “perseguição” a trabalhadores, “movendo dezenas de processos disciplinares indevidos”.
A jornada de luta dos trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia vai ter o apoio da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha. No dia 26 de maio, a sindicalista vai marcar presença na manifestação e desfile com início no Largo do Toural, às 10h00. Mas a primeira ação é no dia 24, segunda-feira, com uma concentração em frente à sede da instituição; na terça-feira, durante a tarde, uma “vigília” no Largo do Toural, com uma “encenação”, “transmitirá o sentimento dos trabalhadores”.