Tarifário Vimágua: oposição não entende subida, câmara não entende oposição
O aumento da taxa de saneamento, incluída na fatura da Vimágua, voltou a ser tema de discussão na reunião de câmara desta quinta-feira. O tarifário para o próximo ano foi deliberado pelo executivo vimaranense, sendo que Vânia Dias da Silva mostrou “perplexidade em relação a esta matéria”.
No entender da vereadora da Coligação Juntos por Guimarães há “dois pesos e duas medidas” relativamente ao ano passado, em que a Câmara Municipal de Guimarães “subsidiou a Vimágua para que a Vimágua suportasse” a subida da taxa de saneamento, algo que não acontece este ano. “É uma falácia dizer que a água não vai aumentar”, referiu Vânia Dias da Silva.
Nesse sentido, tendo em conta o procedimento do ano passado, a vereadora questionou “o que mudou” e “qual é a razão desta incoerência” de não manter procedimento este ano, referindo que a pandemia continua. “Há um dado novo: este ano não é ano de eleições”, atirou a vereadora.
Em resposta Paulo Lopes Silva recordou que o “tarifário da água não aumenta desde 2014” e que o que está em causa é o aumento de 3.79 por cento do saneamento. Dando como exemplo o consumo de 10 metros cúbicos de água, o vereador cifra um aumento inferior a cinquenta cêntimos. “Estamos a falar de um alarido referente a 46 cêntimos”, frisou.
O vereador relembrou investimentos que têm sido feitos e continuarão a ser feitos por parte da Vimágua, deixando claro que “aqueles que não podem pagar o aumento, não pagam”, elencando os instrumentos que o município tem para auxiliar os mais desfavorecidos nesta.
Num outro ponto foi debatida uma situação semelhante, mas referente à taxa de resíduos. Vânia Dias da Silva questionou os motivos que levam a Câmara Municipal a não “suportar o diferencial” referente à TRG (Taxa Geral de Resíduos), algo que aconteceu no ano passado. Sofia Ferreira explicou que “tal medida não pode ter continuidade pelas condições impostas pelo estado, que poria condicionar o acesso ao financiamento pelo município”.