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Tarifário Vimágua: oposição não entende subida, câmara não entende oposição

Bruno José Ferreira
Política \ quinta-feira, dezembro 16, 2021
© Direitos reservados
Tema é recorrente. Câmara diz que a tarifa da água "não sobe desde 2014", mas a oposição considera o argumento "uma falácia" pois a taxa do saneamento faz subir a conta final. “Alarido de 46 cêntimos"

O aumento da taxa de saneamento, incluída na fatura da Vimágua, voltou a ser tema de discussão na reunião de câmara desta quinta-feira. O tarifário para o próximo ano foi deliberado pelo executivo vimaranense, sendo que Vânia Dias da Silva mostrou “perplexidade em relação a esta matéria”.

No entender da vereadora da Coligação Juntos por Guimarães há “dois pesos e duas medidas” relativamente ao ano passado, em que a Câmara Municipal de Guimarães “subsidiou a Vimágua para que a Vimágua suportasse” a subida da taxa de saneamento, algo que não acontece este ano. “É uma falácia dizer que a água não vai aumentar”, referiu Vânia Dias da Silva.

Nesse sentido, tendo em conta o procedimento do ano passado, a vereadora questionou “o que mudou” e “qual é a razão desta incoerência” de não manter procedimento este ano, referindo que a pandemia continua. “Há um dado novo: este ano não é ano de eleições”, atirou a vereadora.

Em resposta Paulo Lopes Silva recordou que o “tarifário da água não aumenta desde 2014” e que o que está em causa é o aumento de 3.79 por cento do saneamento. Dando como exemplo o consumo de 10 metros cúbicos de água, o vereador cifra um aumento inferior a cinquenta cêntimos. “Estamos a falar de um alarido referente a 46 cêntimos”, frisou.

O vereador relembrou investimentos que têm sido feitos e continuarão a ser feitos por parte da Vimágua, deixando claro que “aqueles que não podem pagar o aumento, não pagam”, elencando os instrumentos que o município tem para auxiliar os mais desfavorecidos nesta.

Num outro ponto foi debatida uma situação semelhante, mas referente à taxa de resíduos. Vânia Dias da Silva questionou os motivos que levam a Câmara Municipal a não “suportar o diferencial” referente à TRG (Taxa Geral de Resíduos), algo que aconteceu no ano passado. Sofia Ferreira explicou que “tal medida não pode ter continuidade pelas condições impostas pelo estado, que poria condicionar o acesso ao financiamento pelo município”.

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