Substituto ósseo testado em Azurém dá prémio a investigadora da UMinho
O Centro de Microssistemas Eletromecânicos da Universidade do Minho (CMEMS), sediado no campus de Azurém, já está a testar in vitro a solução que Helena Pereira apresentou para aprimorar a regeneração óssea.
Aluna do doutoramento em Líderes para as Indústrias Tecnológicas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e do Programa MIT-Portugal, a investigadora de 31 anos foi premiada no VI Concurso Pitch de Investigação do Grupo Compostela de Universidades, na Suíça, com o terceiro lugar na categoria de vídeos científicos, ao apresentar um novo substituto ósseo com materiais bioativos, dá conta a UMinho, em comunicado.
A cientista nascida em Fafe está a utilizar fosfatos de cálcio degradáveis para obter um substituto que se dissolve em concordância com a taxa de regeneração óssea e que exibe propriedades mecânicas equivalentes às do osso. Confirmando-se as valias projetadas, a solução evita perdas ósseas, novas cirurgias, imunorreações e outras complicações ligadas a tratamentos comuns; por exemplo, substitutos sintéticos com titânio, cobalto e crómio têm revelado problemas como libertação de ferro e excessiva rigidez.
“O meu objetivo é criar um produto que se dissolva ao longo dos anos com base em material bioativo; ao mesmo tempo que o osso se regenera, o produto dissolve-se”, explica. O fosfato de cálcio já é usado como substituto ósseo, em pessoas com pouco osso. A presente solução funciona como um implante de fosfatos, pois, além de dissolver à taxa de regeneração do osso e de forma controlada, tem propriedades mecânicas equivalentes às do osso. “Essa é a minha principal inovação, graças a uma combinação dos fosfatos de cálcio e do processo de manufatura”, realça a cientista do CMEMS, que está a preparar um pedido de patente e espera que a sua tecnologia venha a consolidar-se e a generalizar-se no mercado.