Sexta edição da Contextile acabou e organização descreve-a como “sucesso”
As paredes de 15 espaços de Guimarães já se despiram dos tecidos que as revestiram de intricados padrões de textura e cor, concebidos e executados por cerca de 200 artistas: caiu o pano sobre a sexta edição da ConTextile, e a organização, sob a alçada da cooperativa Ideias Emergentes, descreve o evento como um “sucesso”.
“Esta sexta edição foi um sucesso. Um sucesso de todos. Assinalando um crescendo de afirmação da arte têxtil contemporânea, foi momento de encontro e reflexão sobre o papel da criação têxtil no desenvolvimento de novas dinâmicas culturais nas comunidades, nos territórios”, lê-se na nota de encerramento da bienal de arte têxtil.
Responsável por criar a Contextile aquando da Capital Europeia da Cultura de 2012, a cooperativa portuense agradeceu a participação dos artistas, dos estudantes, investigadores e especialistas que participaram nas designadas textile talks, dos voluntários e dos milhares de visitantes à maior edição de sempre da bienal. A sétima edição realiza-se em 2024.
Prémio de aquisição para as fitas multicor de Leila Pile
A cor é um elemento que faz o quotidiano da indústria têxtil, com trabalhadores a fazerem-se acompanhar do sistema de cores Pantone para definirem o aspeto do futuro produto. Na exposição internacional que ocupou o Palácio Vila Flor entre 03 de setembro e 30 de outubro, o período da bienal, viam-se umas fitas cuidadosamente dispostas, em que o vermelho varia para o cinzento, que por sua vez varia para um bordeaux. Esse trabalho, “Graduated ribbons” (“Fitas graduadas”, em português), da belga Leila Pile, foi distinguido com o Prémio Aquisição da exposição internacional.
Entre os 56 trabalhos apresentados por 34 artistas, receberam Menções Honrosas as obras “Os sacos de compras de Tartarus”, de Arja Kärkkäinen (Finlândia), “Flashlight & Turn it off”, da chilena Estefanía Tarud; “Têxtil plástico”, do coletivo italiano IPER, e “Ativar Guimarães”, de Vânia Sommermeyer (Brasil).