Seminário sobre arte, saúde e intervenção social fecha COMvivência(s) 2025
Depois de várias iniciativas, entre as quais se incluíram uma oficina de design colaborativo, em carpintaria, serralharia e costura, consultas poéticas, sessões de conversa nos bairros municipais de Guimarães e laboratórios de criação entre os moradores dos bairros da Coradeiras e de Mataduços, em Fermentões, e alunos da Escola de Medicina da Universidade do Minho, a edição de 2025 do COMvivência(s) encerra na quinta-feira, com um seminário sobre práticas artísticas, saúde e intervenção social no auditório da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho), no campus de Gualtar, em Braga.
O programa do seminário inclui a abertura institucional, às 9h30, com Tiago Monteiro, da associação Paisagem Periférica, promotora do COMvivência(s), João Bessa, diretor do Mestrado Integrado em Medicina da UMinho, Eduardo Fernandes, presidente do conselho de gestão da CASFIG, empresa da Câmara Municipal de Guimarães para a habitação, e Manuel Barbosa, presidente da Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa.
O dia prossegue com intervenções de Pedro Morgado, da Escola de Medicina da UMinho, de Ana Zão, da Escola de Medicina da Universidade do Porto, e de Luc Mallet e de Rigault Ève, da Academia Santé Culture, acerca das relações entre artes e medicina. Às 12h00, um grupo de alunos de Medicina do 1.º ano e um grupo de teatro de moradores mostra o resultado do segundo laboratório de criação deste ano, no átrio da Escola de Medicina, local em que é inaugurada a exposição do projeto COMvivência(s) em 2025, às 12h30.
À tarde, os artistas Luísa Maria Oliveira, Madalena Gonçalves, Nuno Pacheco, Ricardo Pinho, Sabrina Rebelo promovem uma sessão de Consultas Poéticas, tal como a que decorreu em março, na Casa do Povo de Fermentões, entre as 14h30 e as 17h30. A partir das 14h30, são também promovidas as primeiras reflexões sobre o projeto, por Inês Alves e Miriam Gonçalves, alunas da Escola de Medicina da UMinho), por Carlota Rocha e Filipe Dias, do grupo de teatro de moradores, e ainda por Teresa Mora e Luísa Salamanca, do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, que monitorizaram o projeto.
O programa conta ainda com uma mesa redonda sobre criação artística, saúde e bem-estar, com Andreia Alpuim, do projeto Eu Sou Eu, de José Eduardo Silva, do projeto Romper/Irromper, de Manuela Ferreira, diretora artística convivências, Ricardo Baptista, da iniciativa Cordão, da empresa municipal de Braga Faz Cultura/Teatro Circo, tendo como moderadora Teresa Tomaz. Às 17h00, as notas finais estarão a cargo de Nadine Santos. da Escola de Medicina.
O projeto COMvivência(s) desenrola-se entre 2025 e 2027, com a chancela da Paisagem Periférica Associação, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho, a CASFIG e a Cruz Vermelha Portuguesa de Guimarães, no âmbito do programa Partis & Art for Change III, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação La Caixa.
“Através de processos de criação teatral ensaia-se um diálogo entre alunos de Medicina da UMinho, moradores de bairros sociais da CASFIG (Coradeiras e Mataduços) e utentes do Centro de Acolhimento e Emergência Social da Cruz Vermelha. A noção de cuidado – consigo, com os outros e com os espaços – é o eixo segundo o qual todas as ações se articulam e desenvolvem”, adianta a nota relativa ao projeto.