
Ricardo Costa enaltece proximidade das Juntas e figura do Papa Francisco
Apresentados os 55 candidatos do PS às Juntas de Freguesia nas Eleições Autárquicas de 2025, o candidato socialista à Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa, enalteceu a proximidade que esse órgão autárquico garante às populações. “Deixo uma palavra de agradecimento por nunca desistirem de todos e de cada um de nós. Não há verdadeira democracia sem poder local, e não há poder local sem presidentes da Junta. É o poder mais próximo. Que o vosso mínimo continue a ser o máximo em mobilização e em sucesso. Todos juntos vamos afirmar Guimarães. Defendam o nosso projeto na vossa freguesia”, reiterou durante o discurso proferido no evento de quinta-feira à noite, no Multiusos de Guimarães.
Esse elogio ao poder local teve respaldo na intervenção do ainda presidente da Câmara, Domingos Bragança: “O poder autárquico é excecional pelo trabalho de proximidade. Vê-se a transformação e o sorriso nos olhos de cada pessoa quando sentem que o presidente está a fazer tão bem pela comunidade”, disse.
Numa cerimónia ainda marcada pelas homenagens aos militantes vimaranenses com 25 e 50 anos de filiação partidária, entre eles António Magalhães, presidente da Câmara entre 1989 e 2013, e também pelo minuto de silêncio em homenagem ao Papa Francisco, que morreu na segunda-feira, aos 88 anos, Ricardo Costa enalteceu a figura do até agora líder da Igreja Católica, assim como o líder local da JS, Sérgio Salazar, e a líder das Mulheres Socialistas de Guimarães, Adelaide Silva.
“O Papa Francisco foi um defensor das mulheres. O mundo precisa de olhar para as mães e para as mulheres para sair da espiral da violência e do ódio e ver o mundo com um olhar mais humano. Precisa de mulheres pelo olhar diferenciador, pela coragem, pela resiliência. Reivindicaremos sempre liberdade, igualdade e justiça social”, disse a ainda presidente da Junta de Ronfe.
Ricardo Costa disse que Francisco foi “um grande homem e humanista”, que escolheu sempre “a verdade e a ética, mesmo quando representaram o caminho mais difícil”, antes de se voltar para o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, e de lhe mostrar confiança de que pode vencer as Eleições Legislativas marcadas para 18 de maio. "O país constrói-se freguesia a freguesia. Não há vencedores antecipados. Nas sondagens do António Costa, em 2022, também perdíamos, e conseguimos maioria absoluta. (…) Obrigado pelo teu empenho, pelo teu contributo e pela tua competência”, proferiu.

Ricardo Costa, António Magalhães e Pedro Nuno Santos © Central de Informação
Pedro Nuno Santos: “O PS governa para a maioria do povo”
Na última intervenção da noite, o secretário-geral do PS louvou Guimarães, município com liderança socialista há 36 anos, pela “qualidade de vida” e pelas “políticas sociais inovadoras, para as crianças e para os mais velhos”, e Ricardo Costa, “um dos melhores desta geração a nível nacional”, antes de criticar o Governo de Luís Montenegro por limitar as celebrações do 25 de Abril perante a morte do Papa Francisco. "Nunca um Governo do PS tentou adiar, esconder o 25 de Abril, porque, nesta casa, não escondemos o 25 de Abril. Celebramos o 25 de Abril", disse.
As críticas ao Governo da AD estenderam-se à saúde – “mais portugueses sem médico de família”, três diretores executivos do Serviço Nacional de Saúde e três do INEM em pouco mais de um ano – e à habitação, culpando a aceleração do preço do imobiliário no último ano em Portugal pelas políticas adotadas pela AD. A alusão ao facto de dois milhões de portugueses ainda precisarem de botija de gás para se aquecerem, a um preço que é o dobro do praticado em Espanha, justificou a promessa da regulação desse preço e também a afirmação de que o PS governa para todos e não para “uma elite”, como julga acontecer com o Governo de Montenegro. "O PS governa para a maioria do povo. Este Governo governa para uma minoria”, vincou.