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Ricardo Araújo assume reavaliação de obras na D. João IV e Fábrica do Alto

Redação
Política \ quarta-feira, dezembro 10, 2025
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Presidente da Câmara abordou esses projetos durante a votação dos empréstimos contraídos para várias das obras previstas.

A discussão relativa a empréstimos de longo prazo ainda aprovados no último mandato do executivo de Domingos Bragança levou o atual presidente da Câmara Municipal, Ricardo Araújo, a assumir que as obras previstas para a requalificação da Avenida D. João IV e para a implantação da designada Academia de Transformação Digital na antiga Fábrica do Alto, em Pevidém, têm de ser reavaliadas.

Na reunião quinzenal desta segunda-feira, o executivo municipal aprovou um ajuste ao plano de investimentos associado a um empréstimo de longo prazo de 14 milhões de euros, aprovado na sessão de 30 de julho de 2025 da Assembleia Municipal. Esse ajuste inclui a alocação de 2,1 milhões de euros inicialmente destinados à requalificação da Avenida D. João IV às obras previstas nas Unidades de Saúde Familiar de Pevidém, Ronfe, Serzedelo e Urgezes.

Após o vereador Ricardo Costa, do PS, ter-se referido à entrega dos 2,1 milhões inicialmente previstos para a D. João IV às USF como um exemplo de decisões “ziguezagueantes” e de sugerir o eventual abandono dessa obra por parte do executivo liderado pela coligação Juntos por Guimarães, o presidente da Câmara Municipal disse que os financiamentos disponíveis para 2026, ano com 65 milhões de investimentos, metade deles suportados pelo PRR, não chegam para todas as obras previstas.

"Os financiamentos não são possíveis para todas as obras. Não há engenharia financeira que permita fazê-las. Reavaliar significa também ver a possibilidade de comparticipação do OE ou de financiamento comunitário, no sentido de aumentar o financiamento para a obra. Não me parece que as obras da Avenida D. João IV sejam prioritárias neste momento”, disse Ricardo Araújo.

Apresentado em 12 de novembro de 2023, o estudo prévio da Câmara Municipal para a requalificação de uma artéria nascida no final do século XIX, então como Avenida da Indústria, contemplava o estreitamento da faixa da rodagem de sete para 6,5 metros (3,25 metros em cada via) e a repartição do piso do traçado entre o cubo de granito, mais a norte, na confluência com o Largo da República do Brasil (Campo da Feira) e com Couros, e um alcatrão com inertes de borracha para diminuir o ruído do tráfego automóvel no troço mais a sul.

O projeto incluía também faixa para estacionamento e cargas e descargas, pontos com zonas 30, passeios em microcubo de granito para aumentar a superfície permeável da rua, mais áreas verdes e uma ciclovia através de um dos passeios, o do lado descendente da avenida.

Quanto à Fábrica do Alto, Ricardo Araújo disse que só é possível concretizar a obra com “maior alavancagem financeira”, face à tendência ascendente dos custos das obras. "Essa obra é importante? É. Queremos muito avançar com elas? Queremos. Temos condições para as fazer? Não", referiu.

A mais recente intervenção pública sobre a Fábrica do Alto remonta a outubro de 2024, aquando da uma reunião de Câmara decorrida numa empresa têxtil de Pevidém, deu conta de que o custo do projeto era de aproximadamente 10 milhões de euros e que as divergências entre as entidades ligadas à futura unidade de transformação digital, o Centro de Computação Gráfica, o Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros e o Laboratório Colaborativo em Transformação Digital, estavam a atrasar a implantação do projeto.

“Não tem sido fácil conjugar as vontades e as necessidades das estruturas que aqui se vão instalar”, disse então o arquiteto responsável pelo estudo prévio, Miguel Melo.

A Câmara Municipal votou ainda a revogação de uma deliberação do executivo municipal, que reduzia o montante de um empréstimo contraído para a obra da Escola EB 2 e 3 de Pevidém, de 20 para 11 milhões de euros. A autarquia liderada por Ricardo Araújo vai dispor da verba total inicial, aplicando parte dela na construção do Centro de Saúde da Encosta da Penha (4,3 milhões) e na requalificação da Escola Básica e Secundária Santos Simões (2,7 milhões).

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