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Rede pública da CIM do Ave só avança em agosto. Hiato exige 1,2 milhões

Tiago Mendes Dias
Sociedade \ terça-feira, dezembro 07, 2021
© Direitos reservados
A empresa a cargo do transporte entre os municípios da CIM, a Arriva, abandona o serviço a 31 de dezembro, o que exige ajuste direito de 1,2 milhões para outro operador realizar o serviço até agosto.

O transporte público a cargo da Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM do Ave), responsável pelas rotas de ligação entre municípios – no caso de Guimarães, estabelece as ligações a Famalicão, a Fafe, à Póvoa de Lanhoso e a Vizela -, só entra em vigor a 01 de agosto de 2022, pelo que o serviço continuará a cargo de um operador privado nos primeiros sete meses do próximo ano, assumiu a vereadora com o pelouro dos Transportes, Sofia Ferreira, à margem da reunião da Câmara Municipal de Guimarães, decorrida na segunda-feira. “O concurso da CIM do Ave não entrará em funcionamento a 01 de janeiro. Prevê-se agosto de 2022. Estamos a trabalhar a articulação entre operadores”, resumiu.

Como a Arriva, a empresa que garantia o transporte coletivo entre os municípios do Ave, comunicou a “sua intenção de abandonar” a 31 de dezembro de 2021, lê-se na ordem de trabalhos da reunião, a CIM do Ave tem de encontrar outro operador para assegurar o serviço entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2022. Segundo a decisão tomada na reunião do Conselho Intermunicipal da CIM do Ave, a 03 de novembro, vai ser realizado um ajuste direto de 1,2 milhões de euros para colmatar essa lacuna.

A associação de municípios aprovou também a “redução tarifária de 50% de todos os passes não bonificados” nas deslocações municipais, intermunicipais e inter-regionais (para outra Comunidade Intermunicipal ou Área Metropolitana), no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária, através de uma despesa anual estimada em 1,2 milhões de euros.

Além da questão da CIM do Ave, Sofia Ferreira vinou que o município vai continuar a incentivar o transporte público, lembrando a gratuitidade dos passes para jovens e estudantes universitários, independentemente de residirem mais perto ou mais longe do centro da cidade.

Sobre os transportes públicos, Bruno Fernandes lamentou o “atraso no funcionamento da entrada da nova concessão”, quer a nível municipal, já que estava prevista para 2021 e vai agora acontecer em 01 de janeiro de 2022, quer a nível intermunicipal. Para o vereador da coligação PSD/CDS-PP, é necessário incentivar essa modalidade de transporte “através do custo, do conforto e dos horários”. “Tem de haver um reeducar do cidadão. Há aqui um trabalho a ser feito, senão passam os anos e os munícipes continuam a não utilizar os transportes públicos”, disse.

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