Prostituição: lei é “ineficaz” e estudo da UMinho defende legalização
Uma Tese de Doutoramento da UMinho, da autoria de Jorge Martins Ribeiro, defende a legalização da prostituição em Portugal, na medida em que a lei “é ineficaz” e “não protege” os autores destas práticas.
A referida tese, com cerca de um milhar de páginas, foi publicada agora em livro, tendo como nome “Da lei do desejo ao desejo pela lei – discussão da legalização da prostituição enquanto prestação de serviço na ordem jurídica portuguesa”.
“Os dados apontam para a maioria da população portuguesa ser a favor de legalizar o exercício da prostituição, impondo-se, também por isso, que o legislador a reconheça como tal, distinguindo-a de práticas de exploração sexual, essas sim criminosas”, atira Jorge Martins Ribeiro.
“A prostituição não foi abolida, como nunca o foi, antes prolifera em ruas, bermas, casas de alterne, domicílios e em milhares de anúncios diários na internet e na comunicação social”, defende o autor, dizendo que o modelo abolicionista em vigor desde 1983.