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“Polo cultural internacional”: este fim-de-semana há “estreias nacionais”

Bruno José Ferreira
Cultura \ quinta-feira, outubro 03, 2024
© Direitos reservados
A cantora e compositora australiana Julia Jacklin tem atuado por toda a Europa e estreia-se em Portugal no Teatro Jordão. Depois das principais óperas europeias, Sasha Waltz sobe ao palco do CCVF.

Guimarães vai fervilhar culturalmente este fim-de-semana com a presença de duas “artistas de renome internacional” nas suas salas de espetáculos. Num concerto intimista, Julia Jacklin sobe por duas vezes ao placo no Teatro Jordão – sexta-feira e domingo. Sábado é a coreógrafa alemã Sasha Waltz a fazer do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor o epicentro da sua arte.

“A Julia Jacklin é uma artista reputada internacionalmente, toca nos maiores festivais do mundo, e o mesmo acontece com a Sasha Walts, em que se formos verificar pela circulação da peça ela está nas maiores óperas da Europa”, contextualiza Rui Torrinha, adiantando que “os dois concertos de Julia Jacklin estão esgotadíssimos”, sendo que a segunda data surgiu depois do rápido esgotar do primeiro concerto.

“No caso da Sasha Waltz não está esgotado, mas estamos a sentir uma procura crescente, e acreditamos que vai ser uma casa ao nível que costuma ser em Guimarães nas grandes noites internacionais de arte e cultura, como é a nossa cidade”, aponta o diretor artístico d’A Oficina.

“Em Guimarães conseguimos que não seja preciso sair da cidade para percebermos todas as manifestações artísticas contemporâneas do mundo”

Um fim de semana preenchida que, na ótica de Rui Torrinha “representa muito, em várias grandezas”. “Desde logo o privilégio desta cidade poder celebrar a relação com as artes e com os grandes artistas do nosso tempo. Guimarães é, indiscutivelmente, uma grande cidade internacional de cultura e este programa comprova-o. Em Guimarães conseguimos que não seja preciso sair da cidade para percebermos todas as manifestações artísticas contemporâneas do mundo”, esclarece.

Por outro lado, acrescenta que “o maior privilégio que temos é a resposta que o público dá ao programa que apresentamos”, o que acaba por ser, na sua visão, “a afirmação da própria cidade enquanto grande polo artístico do país e a nível internacional”.

Em ambos os casos estamos perante estreias a nível nacional de oferta cultural que se tem destacado. A cantora e compositora australiana Julia Jacklin está em tournée europeia, com concertos marcados em Londres, Paris, Utrecht, Madrid e Barcelona, sendo que Guimarães é a única cidade do nosso país que irá receber a artista de Melbourne, cujo trabalho tem sido reconhecido em todo o mundo. A coreógrafa alemã Sasha Waltz tem apresentado o projeto de dança “In C” em várias óperas de renome da Europa, estreando-se no nosso país no sábado (21h30 no CCVF).

“Há uma pujança doze anos depois da Capital Europeia da Cultura que cresceu”

“Isto significa que há uma pujança doze anos depois da Capital Europeia da Cultura que cresceu, não só do ponto de vista daquilo que são as propostas diversas, porque estamos a falar dois concertos de música e uma peça de dança, mas também pela grande resposta do público que se foi formando cada vez mais em torno daquilo que é o programas de artes performativas”, sustenta Rui Torrinha.

Uma “pujança” que se nota também pela diversificação dos equipamentos que a cidade tem. “Um privilégio que Guimarães soube construir e está a saber exponenciar”, considera.

“Absolutamente único no panorama em Portugal para uma cidade média, o seu parque, o conjunto de equipamentos que temos de alto nível para as práticas artísticas e culturais. O caminho que queremos seguir é a otimização destas relações da comunidade artística que tem espaço para criar, mas também do público que tem a possibilidade de usufruir em diferentes escalas”, conclui o diretor artístico d’A Oficina.

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