Paula Oliveira adianta que há 166 refugiados ucranianos em Guimarães
Cumpridos seis meses da invasão a larga escala do território ucraniano pela Federação Russa, Guimarães alberga 166 refugiados de guerra, revelou a vereadora da Câmara Municipal para a ação social.
Presente na comemoração do Dia da Independência da Ucrânia, decorrida na Biblioteca Municipal Raul Brandão, nesta quarta-feira, Paula Oliveira enalteceu a “permanente solidariedade das empresas e de outras entidades” vimaranenses num “acolhimento em rede” que está a “correr muito bem”. “Quando a Câmara solicita, através desta rede, algum tipo de apoio, estão sempre disponíveis para aquilo que esta comunidade necessita”, realçou.
O território vimaranense já recebeu até mais de 200 refugiados, mas parte deles regressou entretanto ao país natal, esclareceu. Outros reuniram-se com as famílias noutras geografias da Europa. Mas também há aqueles que “vão chegando”: na semana passada, duas famílias de refugiados contactaram a Câmara para saberem se era possível instalarem-se em Guimarães. Foi.
“Ao abrigo deste movimento pela paz na Ucrânia, estão cá instalados. Não dizemos que não a ninguém. Mas temos esta cautela de que estejam asseguradas habitação e condições mínimas para terem uma vida digna”, assinala a vereadora.
A integração profissional, “não só pela questão financeira, mas também pelas dimensões social e psicológica”, é tida em conta, adianta Paula Oliveira. Os refugiados em idade ativa, mulheres na sua maioria, estão a trabalhar. O principal empregador é uma empresária ucraniana ligada ao setor têxtil e da moda, que contratou a maioria dos compatriotas em território vimaranense. Quanto às crianças, são cerca de 60 a frequentar os jardins de infância e as escolas.
No entanto, a ânsia do regresso à Ucrânia continua a alimentar os pensamentos dos refugiados. “Estão a trabalhar sempre com saudades da sua terra e das suas famílias. A maior parte deles partilha connosco: se um dia, o nosso país ficar em paz, queremos regressar às nossas famílias e ajudar a reerguer a Ucrânia”, realça Paula Oliveira. Quanto ao município, ao tecido associativo e ao tecido empresarial, cabe-lhes “perceber o que os refugiados necessitam”. “É uma questão humanitária”, sentencia.