Parques Industriais: câmara quer “aumentar oferta para evitar especulação”
Uma “questão antiga” que “se vem arrastando” voltou a ser tema na reunião de câmara desta quinta-feira. Fazendo alusão ao concelho de Monção, que disponibilizou 56 hectares de terreno para empresas que se querem instalar num novo Parque Industrial, Bruno Fernandes questionou em que ponto está o projeto preconizado sobre esta temática para a zona sul do concelho.
“Guimarães continua a não resolver os seus problemas e a não ter essa oferta”, referiu o vereador eleito pelo PSD, acrescentando que “o município "não dá uma resposta cabal para a instalação empresarial”, o que implica que Guimarães esteja a perder dinâmica. “Continuamos com paliativos como resposta a um problema que se arrasta há anos”, vincou.
Discordando da ideia transmitida pelo vereador, Domingos Bragança explicar que o município está a “trabalhar áreas no âmbito do PDM”, que “tem de libertar terrenos para aplicação industrial”. O líder máximo do município referiu que a questão não é a falta de terrenos, mas sim a especulação que é gerada em torno dos terrenos existentes.
“Estamos a desenvolver bolsas de terrenos no sul do concelho, até para evitar especulação imobiliária”, disse, referindo-se à zona entre Lordelo, Moreia de Cónegos, Conde e Gandarela, frisando até que neste caso a linha férrea está a ser tida em conta para poder servir esta áreas.
Para lá desta zona em específico, Bragança elencou várias áreas onde a câmara está a trabalhar a disponibilidade de terrenos e outros casos onde até já estão disponíveis. Nomeadamente o alargamento do Parque Industrial de Ponte, a linha que vai de Brito a Pevidém e Gondar, no Avepark e também em Fafião – Santo Estêvão de Briteiros.
Nesta equação, Domingos Bragança acrescentou que “há cerca de uma dezena de propostas de contrato de arrendamento” em curso: “Temos tido soluções para todos os projetos de investimento que se apresentam a Guimarães”, sublinhou, informando que “quando se fixa no PDM um terreno industrial o preço sobe para dez vezes mais”.
Bruno Fernandes pontuou que estas explicações não são mais do que "subterfúgios" que se desviam do essencial, da falta de resposta que é dada em tempo útil. “Monção tem terreno para amanhã; Guimarães não tem. Acham que as empresas esperam três anos para investir?” questionou o vereador. “Terrenos há, estão é especulativos. Estamos a aumentar a oferta para baixar o preço, terminou Domingos Bragança”.