O dia em que os mais novos aprenderam a cuidar da margem do Ave
Chegaram pouco depois das 14h00. Alunos das escolas primárias taipenses iam-se juntando para preparar a viagem: seria curta, mas as pinças para apanhar lixo nas mãos anteviam paragens. Ponto de partida: Parque da Praia Seca; local de chegada: Parque de Lazer. O motivo? O Dia Internacional de Ação pelos Rios. Antes da coleta dos resíduos, os mais pequenos inteiraram-se do património natural que os rodeia. "Se aprendermos a cuidar do rio, aprendemos a cuidar de nós", vincou o engenheiro ambiental Pedro Teiga.
O sinal de partida ainda não tinha sido dado e Susana Poças Falcão, educadora ambiental do Laboratório da Paisagem, mostrava aos alunos matéria de uma aula diferente: uma salamandra de pintas amarelas, uma toupeira, e outros espécimes da biodiversidade local circulavam, em pequenos frascos, de mão em mão.
Depois foi partir à descoberta. Saco de plástico preto, luvas calçadas e energia para sondar o terreno e recolher o que era estranho. Pelo caminho, paragens para informações sobre o rio e o que se pode fazer para o proteger.
Antes da ação de campo passar à prática, o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Luís Soares, vincou a "importância" do recurso que banha dezenas de freguesias vimaranenses. Pedro Teiga sublinhou, perante um auditório atento, a necessidade de proteger a biodiversidade local. "É casa de muitos animais", reforçou.