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Nações Unidas: Marcelo assegura universidade “na agenda” do próximo governo

Redação
Política \ sábado, março 09, 2024
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Apesar de reconhecida a importância desta estrutura - a única das Nações Unidas fora de Lisboa no país - a falta de investimento estatal não permite que passe de unidade operacional a instituto.

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou esta sexta-feira estar atento à situação da Universidade das Nações Unidas, sediada em Guimarães, prometendo que este será um tema “na agenda” do próximo governo, seja ele qual for, de forma a dar resposta a esta estrutura que completa uma década no nosso país.

A garantia foi dada numa audiência com o presidente da República, na qual marcou presença o subsecretário-geral das Nações Unidas e Reitor da Universidade das Nações Unidas (UNU), Tshilidzi Marwala, no Palácio de Belém. Um modelo de financiamento mais estável é o que se preconiza, de forma a transformar esta unidade operacional num instituto.

Recorde-se que, apesar do reconhecimento geral da importância desta estrutura no nosso país – a única das Nações Unidas em Portugal que não está localizada em Lisboa – a questão do financiamento estatal tem vindo a ser um entrave a uma maior implantação desta unidade para a governação eletrónica (UNU-eGOV).

O reitor da UNU e diretora da unidade de Guimarães, Delfina Soares, já foram ouvidos na Assembleia da República, e os deputados vimaranenses André Coelho Lima e Luís Soares, do Partido Social Democrata e do Partido Socialista, respetivamente, manifestaram na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, o seu apoio à passagem da Unidade Operacional de Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV). Sem sucesso, até agora.

No final da audiência desta sexta-feira, Delfina Soares deu conta da ideia transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa. “O senhor presidente da República estava bem informado sobre o estado dos anteriores acordos que permitiram o acolhimento da UNU-EGOV em Portugal, bem como sobre a atividade e os resultados que produzem impactos também para o país. Reconheceu que é importante manter a unidade no país, e com um modelo de financiamento mais estável. Nesse sentido, assegurou que vai estar atento à discussão do novo acordo quando retomarmos as conversações com o Estado Português e colocar este assunto na agenda dos encontros com o próximo Governo”, disse.

No mesmo encontro foi apresentada ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a estratégia para a continuação do crescimento sustentado da UNU-EGOV, assente, sobretudo, no alargamento da sua rede de colaborações, dentro e fora do sistema das Nações Unidas. Para a execução desta estratégia é determinante a conclusão das negociações com o Estado português para que seja reconhecido à Unidade Operacional o estatuto de Instituto, negociações que serão retomadas após a tomada de posse do novo Governo Português.

Considerada uma referência internacional na área da governação digital e um parceiro sólido no universo da Organização das Nações Unidas (ONU), a UNU-EGOV reúne uma equipa multidisciplinar e multicultural de mais de 30 investigadores de 18 nacionalidades atuando em torno de problemas complexos e desafios emergentes. Desde o seu estabelecimento, a UNU-EGOV já desenvolveu mais de 60 projetos de governação digital em mais de 18 países, colaborou com 19 organizações internacionais, organizou mais de 90 eventos e realizou mais de 300 publicações. É ainda responsável pela organização anual da Conferência ICEGOV, que agrega uma comunidade de mais de 6500 autores, académicos, investigadores e profissionais atuantes na área da governação digital. A Conferência ICEGOV 2024 terá lugar na África do Sul, no próximo mês de outubro.

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