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Menos estado, mais "eficiência": os pilares do PSD para as legislativas

Bruno José Ferreira
Política \ sexta-feira, janeiro 28, 2022
© Direitos reservados
Fortalecido na disputa interna, Rui Rio lidera o PSD para as legislativas com expetativas reforçadas. O quadrilátero, terceira malha urbana do país, tem de ter mais voz a nível nacional.

O país “continua a tropeçar no crescimento e a empobrecer face às economias com perfil idêntico”. É a partir desta premissa que o Partido Social Democrata (PSD) se apresenta para as eleições legislativas do próximo domingo, considerando que há em Portugal “excesso de estado”, mas “sem eficiência”.

Após a disputa interna no partido, da qual Rui Rio saiu fortalecido, o principal rosto da oposição nos últimos quatro anos tem como principal objetivo virar a governação para a direita, havendo para isso disponibilidade para negociar a formação de governo, em primeira instância com CDS e Iniciativa Liberal.

No programa social-democrata salta à vista uma intenção geral de melhorar a gestão com os recursos existentes, sendo essa uma ideia defendida por exemplo em relação ao Serviço Nacional de Saúde, através de uma revisão da Lei de Bases da Saúde.

No que a impostos diz respeito, a prioridade defendia pelos social-democratas é a redução do IRC, potenciando assim o aumento dos salários. O impacto nas famílias, através do IRS, é algo pensado mais a longo prazo. Outro pilar amplamente debatido é educação, com o PSD a propor a realização de planeamento da rede escolar de forma periódica.

 

“O distrito de Braga deve também discutir temas nacionais”
André Coelho Lima, cabeça de lista do PSD pelo círculo de Braga

Tal como em 2019, o vice-presidente do PSD volta a ser o número um do círculo de Braga para as Legislativas de 2022 e defende que o território, além de reivindicar investimento para o seu desenvolvimento local, deve ter um papel na discussão dos temas que marcam a agenda nacional, por albergar o Quadrilátero Urbano – embora sem “continuidade territorial”, os municípios de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão acolhem cerca de 600 mil habitantes e constituem a “terceira zona urbana do país”.

“Os grandes temas das Legislativas serão nacionais: a justiça, a saúde, a Segurança Social. Em Lisboa e no Porto, não se discutem temas locais nas Legislativas. Para se afirmar, o distrito de Braga deve também discutir temas nacionais”, reitera André Coelho Lima.

Convicto de que o distrito, repartido por “vários concelhos muito fortes”, entre os quais Guimarães, “merece uma atenção clara dos poderes públicos”, o ex-vereador da Câmara Municipal frisa que os eleitores do distrito se devem interrogar sobre o facto de Portugal estar permanentemente na cauda da União Europeia quando aos “índices de competitividade”. “Estávamos na cauda quando estavam 12 países na Comunidade Económica Europeia, em 1986. Agora que são 27, continuamos na cauda da tabela classificativa. Porque é que somos assim e nos resignamos com isto?”, questiona.

O vice de Rui Rio observa ainda que os “investimentos da administração central passaram ao lado de Guimarães nos últimos dois anos”, pelo que basta “fazer algo” no próximo mandato para o concelho ficar mais bem servido. Coelho Lima critica sobretudo o que designa de “pré-inauguração” do Campus da Justiça, com a presença da ministra Francisca Van Dunem em março de 2019. “Foi pura propaganda. O processo não teve desenvolvimento. Guimarães não beneficiou do facto de ter uma Câmara Municipal e um Governo da mesma cor partidária”, declara.

Convencido de que “a vida política” é “algo efémero” e a vida de deputado “algo de passageiro”, o social-democrata diz-se motivado para “contribuir para o projeto de Rui Rio” para o país e mostra-se honrado por suceder a nomes como João de Deus Pinheiro, Miguel Macedo e Jorge Moreira da Silva como cabeça de lista pelo círculo de Braga, que, em 2019, valeu um resultado de 34,1% - mais 6,2 pontos percentuais face ao resultado nacional - e oito deputados.

Quanto aos objetivos nacionais, André Coelho Lima diz que o PSD se “candidata sempre para vencer”, precisando, contudo, de “humildade” para demonstrar às pessoas que Rui Rio é “a melhor alternativa” para governar. “Cada cidadão vai ter o poder de escolher o próximo Primeiro-Ministro”, relembra.

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