Massacre no dilúvio, até às dúvidas pós paragem e expulsão
Um autêntico dilúvio que obrigou a interromper o jogo, ameaça de massacre do Vitória SC que enviou duas bolas aos ferros depois de marcar~três golos, expulsão com vermelho direto e um período após retomar o jogo de dúvidas por parte da equipa de Álvaro Pacheco. Teve de tudo um pouco a passagem do Vitória SC à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal – a única de Guimarães a seguir em prova – no embate realizado no Algarve frente ao Moncarapachense, do Campeonato de Portugal.
A primeira meia hora realizou-se em condições sobre-humanas. Chuva intensa e vento forte encharcaram por completo o relvado, tornando praticamente impossível a prática de futebol. O árbitro Tiago Martins teve mesmo de interromper o jogo, que esteve suspenso meia hora, sendo retomado após esse período já com condições muito melhores.
Mesmo com a intempérie que se sabe, o Vitória SC entrou bem no jogo e depois de um primeiro aviso por Ricardo Mangas, que na estreia em jogos oficiais ficou muito perto do golo, foi Tomás Ribeiro a abrir o ativo e a estrear-se a marcar com a camisola do Vitória SC. Tiago Silva bateu o canto, entra a confusão na área, o central aproveitou para marcar.
Um resultado que viria a ser ampliado apenas sete minutos depois, na sequência de novo lance de bola parada. Livre de Handel, e parece ser um jogador do conjunto algarvio a desviar a bola do guarda-redes, fazendo-a entrar na própria baliza. Domínio absoluto do conjunto do Vitória SC nesta fase, com Jota Silva a fazer o terceiro com um remate indefensável à meia volta na marca do penálti, fazendo o 0-3 antes da meia hora de jogo, e da tal interrupção.
Melhoraram consideravelmente as condições climatéricas, o Vitória SC até teve duas oportunidades para ampliar a vantagem com Mangas a enviar duas bolas aos ferros, mas a verdade é que foi para o intervalo com um estigma claramente negativo: de penálti – numa falta longe de ser evidente – o Moncarapachense reduziu a desvantagem e ficou em superioridade numérica no jogo com o árbitro Tiago Martins a expulsar com vermelho direto Tiago Silva em mais uma decisão algo precipitada do árbitro.
Perante este cenário a segunda metade foi um longo bocejo. Até então completamente dominador, a jogar com menos um elemento o Vitória SC teve de ser mais cauteloso no jogo. Acreditou, no seu íntimo, o Moncarapachense, mas não teve argumentos para luar verdadeiramente pelo resultado, deixando, ainda assim, algumas dúvidas no ar.
Entre tantas vicissitudes, o jogo até terminou com sol no Estádio do Algarve, com a ideia que apenas se cumpriu calendário e não houve festa da Taça. Fez o que lhe competia o Vitória SC, arrumando com a questão em praticamente meia hora.