Luís Soares encerra ciclo de oito anos na Assembleia da República
Após oito anos como deputado pelo Grupo Parlamentar do PS, Luís Soares vai deixar a Assembleia da República. Eleito pela primeira vez nas Legislativas de 2015, o presidente da Junta de Freguesia de Caldelas diz ter recebido o convite para integrar uma das listas distritais dos socialistas às eleições de 10 de março, mas não aceitou.
“Agradeço o convite que me foi feito para continuar e que não aceitei. Respeito as decisões agora tomadas e quero assegurar a todos que continuarei a defender e praticar os valores e os princípios do PS, pois só o PS pode continuar a defender um Portugal livre, justo e solidário”, escreveu, numa nota publicada nas suas páginas oficiais das redes sociais.
O também presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas e ex-presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Guimarães assumiu que desejou “o sucesso necessário” aos candidatos socialistas e em especial ao secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, mostrando-se convencido de que estão “reunidas todas as condições para uma grande vitória do PS no dia 10 de março”.
Após a demissão de António Costa dos cargos de primeiro-ministro e de secretário-geral do PS, Luís Soares apoiou, José Luís Carneiro, nas eleições internas do PS, realizadas em 16 de dezembro. O até agora ministro da Administração Interna perdeu a corrida para Pedro Nuno Santos, mas tem sido o nome apontado para repetir a liderança da candidatura pelo círculo de Braga, num processo com muita polémica à mistura. A definição da lista está num impasse que só deverá ser desbloqueado em reunião da Comissão Política Nacional do PS esta noite.
O deputado afirma sair “com orgulho e de consciência tranquila” pelo trabalhão desenvolvido, a seu ver recompensado e reconhecido pelos seus pares, quer a nível parlamentar, quer nas várias comissões de deputados - a Comissão de Saúde, a coordenação dos deputados eleitos pelo PS no distrito de Braga e a presidência do Conselho de Administração do Grupo Parlamentar do PS.
“Procurei exercer o mandato que me foi confiado em proximidade com os eleitores, atento aos seus problemas e empenhado na sua resolução. Foram muitas viagens, horas de trabalho, mas sobretudo tempo que roubei à minha família e aos meus amigos e que o dediquei à vida pública”, escreveu.
Na mais recente legislatura, Luís Soares foi um dos dois deputados de Guimarães no hemiciclo. O outro foi André Coelho Lima, do PSD, também de fora das listas da reconstituída AD para as eleições de 10 de março.