Nem Santo António, nem Santa Maria: Loja do Cidadão vai para a Madroa
A Câmara Municipal de Guimarães negociou a aquisição das frações do Centro Comercial Santo António para instalar a Loja do Cidadão, mas sem chegar a bom porto, prometeu depois instalar o serviço na rua de Santa Maria, num dos edifícios municipais, mas a decisão final recaiu sobre outro ponto da cidade, mais a sul: a antiga Fábrica de Curtumes da Madroa, mais recentemente conhecida como fábrica Amadeu Miranda, na confluência com o mercado municipal e com a feira semanal.
A autarquia comprou o imóvel por 1,17 milhões de euros; a empresa proprietária propôs, ao início, um negócio por 1,38 milhões de euros, mas aceitou a “transmissão do imóvel a favor do município” num processo cujo desfecho mereceu a “concordância amigável” de ambas as partes, lê-se na proposta que vai ser discutida e votada na quinta-feira, na reunião quinzenal do executivo municipal.
Frustradas as negociações para o Centro Comercial de Santo António, a Câmara diz ter sido notificada pela Agência para a Modernização Administrativa que a Loja do Cidadão de nova geração requer menos área do que a inicialmente perspetivada e justificou a escolha da antiga fábrica de curtumes com a proximidade a equipamentos vários: além do mercado, estará próxima da feira semanal, da central de camionagem, de serviços públicos como a repartição da Autoridade Tributária e do Hospital Senhora da Oliveira e ainda da futura escola-hotel do IPCA.
“A loja de cidadão tem como objetivo principal servir melhor os cidadãos, facultando “um novo modelo” de “relacionamento da Administração Pública”, no sentido de avançar para “uma maior desburocratização, racionalização e simplificação de estruturas e procedimentos administrativos”, lê-se na agenda.
O imóvel vai acolher também um centro de acolhimento empresarial de nova geração. O presidente da Câmara, Domingos Bragança, já mencionara a possibilidade de instalar um centro para empresas tecnológicas nessa fábrica.
* Correção às 10h20, 30 de novembro de 2023: O Jornal de Guimarães errou, ao noticiar inicialmente que a Câmara adquiriu o imóvel de uma antiga fábrica têxtil na rua da Liberdade, também conhecido como lugar da Madroa. O edifício que a autarquia realmente comprou situa-se justamente em frente ao inicialmente noticiado, tendo acolhido a Fábrica de Curtumes da Madroa, mais recentemente conhecida como fábrica Amadeu Miranda.