
Livro “Guimarães, Uma História Feita Futuro” reflete 12 anos de Bragança
O Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães acolheu, esta terça-feira, 21 de outubro, a sessão de lançamento do livro “Guimarães, Uma História Feita Futuro”, uma edição que reúne um conjunto de intervenções marcantes realizadas ao longo dos últimos doze anos de mandato de Domingos Bragança, nas áreas da Educação, Cultura, Ciência, Sustentabilidade Ambiental e Coesão Territorial, os pilares estratégicos definidos para o futuro do concelho. A sessão contou com a presença dos vereadores da Câmara e do mais recente presidente eleito, Ricardo Araújo.
Com coordenação editorial de Paulo Pinto, a obra assume-se como um testemunho visual e documental de um ciclo de transformação “não apenas física, mas também social e identitária”.
Durante a apresentação, o coordenador explicou a metodologia seguida na construção do livro, confessando que o processo foi “desafiante e exigente”, por se tratar de um trabalho que procura sintetizar três mandatos autárquicos. “Esta publicação pretende ser um documento de memória, que reclama o conjunto de transformações do território de Guimarães para a memória futura. Foi um processo de muitas noites sem dormir, mas também de grande entusiasmo”, partilhou Paulo Pinto.
O editor destacou que o livro não tem índice propositadamente, “porque é uma história aberta, feita para o futuro”, explicando que a intenção foi deixar espaço para novas camadas e projetos que se irão somar aos já realizados. “Ao colocarmos um índice, encerraríamos o conteúdo. Este é um livro que convida à continuidade e à construção de novas histórias sobre o território”, afirmou.
Organizado em cinco grandes capítulos, “Mentes em Expansão”, “Raízes do Amanhã”, “Cultura em Transformação”, “Laços que Unem” e “Além do Isolamento”, o livro percorre os principais projetos e obras que marcaram Guimarães entre 2013 e 2025. Entre eles, destacam-se o Teatro Jordão, a reabilitação da Torre da Alfândega e dos Tanques de Couros, a ecovia do Parque da Cidade, os novos centros cívicos e desportivos, bem como o Parque de Camões e a requalificação do Largo do Toural.
“Não quisemos catalogar rigidamente os conteúdos. A cidade vive da relação entre áreas, como a cultura, a ciência ou o ambiente. Guimarães é um organismo vivo, e o livro reflete essa interligação”, explicou Paulo Pinto, acrescentando que o design e a estrutura gráfica foram pensados “para que fosse também um objeto bonito, que apetece manusear e guardar”.
Na sessão, Domingos Bragança, presidente cessante da Câmara Municipal, sublinhou o simbolismo da obra como registo histórico de doze anos de governação. “Este livro é mais do que um testemunho institucional, é um documento de memória coletiva, que mostra a evolução do território e a dedicação de todos os que contribuíram para o desenvolvimento de Guimarães”, afirmou.
O autarca aproveitou a ocasião para agradecer “a toda a equipa municipal, política e técnica”, bem como aos parceiros das diversas instituições que colaboraram com o município ao longo dos mandatos. “A democracia constrói-se com pluralidade e com diálogo. A Câmara só cumpre a sua missão quando há cooperação entre poder e oposição, quando se trabalha com respeito pelas diferenças e com um objetivo comum: o melhor para Guimarães”, destacou.
Dirigindo-se ao futuro presidente, Ricardo Araújo, que tomará posse a 25 de outubro, Domingos Bragança desejou “muito sucesso e felicidade no exercício da responsabilidade de servir Guimarães”, sublinhando que o ato simbólico de partilhar o lançamento do livro representa “a passagem serena de um ciclo, na confiança de que o futuro continuará a ser construído com o mesmo amor pela cidade”.