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Legislativas: BE quer mais investimento no SNS e uma lei para o clima

Carolina Pereira
Política \ quarta-feira, janeiro 26, 2022
© Direitos reservados
Além da evidente prioridade do BE para com o SNS, a “defesa do meio ambiente”, evitando-se “agressões” como as “das descargas industriais”, é outro objetivo a nível distrital.

Para o Bloco de Esquerda os objetivos são claros: é preciso impedir a desagregação do Serviço Nacional de Saúde, terminar a estagnação do salário médio em Portugal e modernizar o sistema de proteção social, bem como assegurar a definitiva remoção das penalizações anacrónicas “que continuam a ser impostas a um conjunto de reformados pela aplicação do fator de sustentabilidade”. Outra das propostas que sobressaem no programa bloquista é a de criação da Lei do Clima, a propósito das alterações climáticas.

As propostas do Bloco no que toca ao que mais tem vindo a defender - “salvar o SNS” - envolvem aumentar o orçamento do SNS em percentagem do PIB, acabando com o subfinanciamento crónico e proporcionando margem para um efetivo investimento. O plano plurianual de investimentos associado a uma carta nacional de equipamentos de saúde com dotação própria, que permita combater a obsolescência tecnológica pela renovação e aquisição de novos equipamentos, é outro dos objetivos, prestando atenção aos meios complementares de diagnóstico e às infraestruturas.

A força mais à esquerda no parlamento quer ainda "desburocratizar o SNS e otimizar o processo de modernização tecnológica através da unificação e simplificação dos sistemas de informação", colocando "hospitais e cuidados primários em rede"; o Processo Clínico Único é a proposta para agregar essa informação, através do investimento em plataformas informáticas para profissionais e cidadãos.

O trio que encabeça a lista do Bloco de Esquerda pelo círculo de Braga para as Legislativas é o mesmo das eleições de 2019: José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, deputados na Assembleia da República nos últimos dois anos, e Sónia Ribeiro. A coordenadora da concelhia bloquista de Guimarães repete a candidatura com o intuito de “lutar pelos valores, ideais e propostas” que, a seu ver, constituem “um avanço para a qualidade de vida e bem-estar” das populações, entre os quais a oferta pública de habitação.

“A motivação que norteia esta candidatura é a mesma que tenho no exercício das funções na Assembleia Municipal de Guimarães e em toda a minha intervenção cívica e política”, reitera. “No distrito, como no resto do país, é necessária uma maior oferta ao nível da habitação pública, para que as famílias se consigam fixar nos nossos concelhos a preços acessíveis”.

A “defesa do meio ambiente”, evitando-se “agressões” como as “das descargas industriais”, é outra das prioridades da dirigente do BE, à semelhança da aposta nos transportes públicos, para se “descarbonizarem as deslocações”, e na ligação ferroviária entre Guimarães e Braga. Sónia Ribeiro vê, aliás, a linha de comboio como o dossier referente a Guimarães que merece ser tratado com mais “urgência” na AR, pelo impacto que teria “no quotidiano de imensos vimaranenses que diariamente precisam de fazer esse trajeto para trabalhar ou estudar”.

Como dá a entender a ordenação da lista, a candidatura do Bloco pelo quarto distrito mais populoso de Portugal visa sobretudo “dar continuidade” ao trabalho parlamentar dos últimos dois anos e contribuir para o que o partido se mantenha a terceira força política nacional, de preferência com um “reforço do grupo parlamentar” – em 2019, elegeu 19 deputados, após uma votação de 9,52%. “Queremos continuar a recuperação de direitos da nossa população e a defesa do Estado Social e de uma sociedade aberta à diversidade, livre de preconceitos”, reitera.

Quanto ao distrito, o objetivo mínimo é manter a representação atual: “A ideia é dar continuidade ao importante trabalho feito pelos atuais representantes do Bloco de Esquerda no nosso círculo eleitoral, o José Maria Cardoso e a Alexandra Vieira, daí que tenha existido uma vontade generalizada por parte das estruturas distritais e dos aderentes do partido em manter a ordenação dos primeiros nomes da lista”, esclarece Sónia Ribeiro.

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