José Luís Carneiro diz que PS quer acelerar “especialização” da economia
O PS quer “acelerar e aprofundar a alteração do perfil de especialização” do país rumo a “uma economia sofisticada, diversificada e complexa”, que produza “maior valor acrescentado”, pague “melhores salários” e gere “as receitas necessárias para financiar um Estado Social avançado”, defendeu o cabeça de lista pelo círculo de Braga, José Luís Carneiro, durante o Fórum “Economia e Conhecimento”, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, na sexta-feira à noite.
“Temos, de forma intensa e persistente, de investir na educação, na produção de conhecimento, na transferência do conhecimento para as empresas e na inovação nas nossas empresas. As empresas privadas devem investir onde melhor entenderem, mas o Estado tem de fazer escolhas quanto aos setores e tecnologias a apoiar”, defendeu o ainda ministro da Administração Interna.
Cabeça de lista no distrito pela segunda eleição consecutiva, José Luís Carneiro vincou ainda que o salário médio em Portugal ultrapassou os 1.500 euros em 2023 – atingiu os 1.505 euros -, circunstância que o deixa “orgulhoso do caminho percorrido”, embora defenda que é preciso continuar a fazer crescer a economia e o país.
O debate contou ainda com o até agora ministro da Economia, António Costa Silva, com Filipe Santos Costa, especialista em economia internacional, e Domingos Bragança. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães defendeu que o conhecimento é a prioridade para o futuro.
“Devemos ter paixão pelo conhecimento, que deve ser transferido para a sociedade, para as empresas, um conhecimento gerado nas nossas universidades, politécnicos, centros de saber e competências, e fazer com que os nossos clusters têxtil e de calçado se transformem essencialmente em empresas de base técnica”, referiu.
Já António Costa Silva defendeu um futuro com “desenvolvimento maior da economia nacional”, “maior capacidade de competir nos mercados internacionais” e “inovação e disseminação de conhecimento que alavancam o crescimento económico do país”, enquanto Filipe Santos Costa reiterou que a economia lusa deve ser baseada “numa cada vez maior intensidade de capital e tecnológica”, com vista a que “a produtividade aumente para que os portugueses sejam mais bem remunerados”.