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Guimarães
04 dezembro 2024
tempo
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Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Vitória mantém estado de graça com três carimbos Silva & Santos Lda.

Tiago Mendes Dias
Desporto \ domingo, janeiro 21, 2024
© Direitos reservados
Num jogo em várias fases indefinido e atabalhoado, o Vitória foi claramente melhor quando acelerou o jogo e foi objetivo, construindo um resultado folgado após ficar em superioridade numérica.

Longe de espelhar o quão o Vitória foi superior ao longo dos 90 minutos, o 3-0 ao Estrela da Amadora reflete talvez o quão superior foi o Vitória em relação ao Estrela nos intervalos em que tudo se combinou para jogar a um nível próximo do seu melhor. Pese as breves atrapalhações e inseguranças, que conheceram o seu auge ao minuto 64, quando Miguel Nogueira assinalou grande penalidade por alegada mão de Jorge Fernandes para, logo de seguida, verificar, através do VAR, que a bola tocara nas costas do defesa.

Com 19.023 espetadores nas bancadas, o Estádio D. Afonso Henriques foi, em vários momentos, palco de um jogo algo aborrecido, com paragens de sobra, futebol aos repelões, passes errados, alívios defeituosos e escassas ocasiões de golo, sobretudo na primeira parte. O único golo desses 45 minutos, apontado num belo desenho entre Bruno Gaspar, Jota Silva e Nuno Santos – que toque de classe a finalizar -, demonstra a capacidade do Vitória para extrair todo o sumo de um duelo bem seco.

O duelo pedia algo diferente e o Vitória acedeu: os pupilos de Álvaro Pacheco entraram bem mais afoitos na segunda parte, ameaçando de pronto o golo em lances de Jota Silva e de André Silva. A formação preta e branca queria colocar-se numa posição mais confortável, mas o Estrela, pese todas as dificuldades com a bola nos pés, continuou rápido e agressivo nas saídas para o ataque, com Regis a ameaçar de longe.

O empurrão de Hevertton a Jota Silva quando o vitoriano se preparava para encarar Bruno Brígido e atirar para golo mudou a face da partida, contudo: os vitorianos ficaram com mais um elemento em campo, tiveram mais espaço para trocar a bola e fizeram-no bem aos 79 minutos, pela mesma dupla que protagonizara o melhor momento da primeira parte. Desta feita foi Nuno Santos a cruzar e Jota Silva a finalizar, de cabeça. O lance foi inicialmente anulado, mas Jota estava em posição legal por 14 centímetros. O tento foi validado e embalou a turma preta e branca para 15 minutos finais – incluindo descontos – de total supremacia.

O Vitória acercou-se da área do Estrela por todos os lados e marcou por mais uma vez, novamente a partir da direita, com André Silva a responder com acerto a cruzamento de Jota Silva. Estava selado mais um triunfo que robustece uma série impressionante do Vitória – cinco triunfos e dois empates -, num mês que, curiosamente, é habitualmente madrasto para as aspirações da equipa de Guimarães. O Vitória volta a igualar o rival Sporting de Braga, com 36 pontos, na antecâmara de um duplo compromisso fora de portas, mas no Minho: Gil Vicente e Vizela serão os adversários.

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