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Investimento de Guimarães em I&D salta para a casa dos 60 milhões em 2020

Tiago Mendes Dias
Ciência & Tecnologia \ quarta-feira, agosto 17, 2022
© Direitos reservados
Guimarães é o oitavo município do país com mais investimento na área, sustentado pela Universidade do Minho e pelas empresas, cujo valor duplicou ao longo da última década.

As despesas de Guimarães com investigação e desenvolvimento (I&D) subiram ininterruptamente entre 2013 e 2020, com destaque para o pulo do último ano: se até 2019 o investimento cresceu dos 28,3 para os 48,8 milhões de euros – mais de 72% -, em 2020 a verba ascendeu aos 65,6 milhões. Num só ano, viu-se um crescimento de 34,3%.

Atualizados até 2020, os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística a 10 de agosto dão conta de que 93,3% dos projetos de investigação são financiados pelo tecido empresarial e pelas instituições de ensino superior a operar no território – a Universidade do Minho, com cursos, laboratórios e grupos de investigação ligados à Escola de Engenharia (EEUM), à Escola de Ciências (ECUM), ao Instituto de Ciências Sociais (ICS) e à Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD), e o IPCA, até agora implantada em Guimarães com cursos da Escola Técnica Superior Profissional, no Avepark.

Em 2020, o ensino superior foi responsável por 37,9 milhões de investimento em Guimarães, seguindo-se as empresas, com 23,3 milhões, as instituições privadas sem fins lucrativos (2,5 milhões) e o Estado (1,8 milhões).

 

 

Empresas duplicam investimento. Ensino superior levantou-se do rombo de 2010 a 2013

Apesar do rombo verificado em todos os quadrantes do investimento científico entre 2010 e 2013 – em Guimarães caiu quase 50%, dos 41,9 para os 28,3 milhões de euros –, o investimento empresarial ressentiu-se menos nesse período e acelerou na segunda metade da década. As despesas do tecido empresarial vimaranense em I&D são, em 2020, o dobro do que eram em 2010.

Já o Ensino Superior ressalva a tendência geral da I&D portuguesa na última década, com as despesas em Guimarães a caírem 41% entre 2010 e 2012 e a sofrerem nova quebra entre 2013 e 2014, para um mínimo de 15,92 milhões de euros, antes da retoma. O investimento universitário só voltou a superar o patamar de 2010 (27,3 milhões) em 2019 (29,3 milhões), antes de dar novo pulo em 2020. Na década passada, as verbas alocadas pelo Ensino Superior em Guimarães subiram 39%.

 

 

Oitavo no país e quarto no Norte

O investimento de Guimarães em I&D ao longo de 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19, perfez 64% da sub-região do Ave e 6% do Norte, região na qual se assume como o quarto município com investimento mais avultado: à frente, surgem Porto, com 346 milhões, Matosinhos, com 147 milhões, e Braga, com 130. A nível nacional, também Lisboa, município número um, com 970 milhões de investimento, Oeiras, Coimbra e Aveiro surgem à frente do território vimaranense.

No que respeita ao Quadrilátero, Vila Nova de Famalicão aparece na posição 14 a nível nacional, ao contabilizar 32,2 milhões de euros – juntamente com Guimarães, perfaz quase 96% do investimento no Ave. Já Barcelos, sede do IPCA, registou 12,9 milhões de investimento em I&D em 2020.

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