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Inferior à média nacional, poder de compra em Guimarães estagna face a 2017

Tiago Mendes Dias
Economia \ terça-feira, novembro 09, 2021
© Direitos reservados
Em relação ao índice 100 do país, o de Guimarães era de 91,39 em 2017 e de 91,30 em 2020. Entre os 37 municípios capitais de distrito ou superiores a 100.000 habitantes, é o 31.º.

O poder de compra de Guimarães tem sido sempre inferior à média nacional nas ocasiões em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) o contabilizou e voltou a sê-lo em 2020, segundo dados publicados em 25 de outubro. O município mais populoso da Comunidade Intermunicipal do Ave apresentou um resultado de 91,30 face ao índice nacional de 100. Esse número traduz uma diminuição residual de nove centésimas face a 2017 (91,39), a última ocasião em que o INE fizera a contabilização.

O território que, segundo o Censos de 2021, alberga 156.852 habitantes, 1,5% da população portuguesa (10.347.892), acumula 1,35% do poder de compra nacional. O município com maior poderio na hora de adquirir é Lisboa, apesar da diminuição de 219,63 para 205,62 entre 2017 e 2020. A capital concentra 10,18% do poder de compra.

Se se reunirem os municípios que são capitais de distrito ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, bem como aqueles que superam 100.000 residentes, Guimarães está em 31.º lugar entre 37 territórios. Abaixo, encontram-se Seixal (91,16), Vila Nova de Famalicão (89,86), Odivelas (88,78), Santa Maria da Feira (85,76), Gondomar (84,89) e Barcelos (80,12).

Isto significa que o poder de compra de todas as capitais de distrito supera o de Guimarães, destacando-se o Porto (154,02), Faro (130,57), Coimbra (126,28) e Aveiro (121,75). Nesse lote, Viana do Castelo apresenta o resultado mais baixo (93,77).

 

Quadrilátero melhora

Entre os concelhos do quadrilátero, Guimarães é o único que regista uma ligeira quebra. Braga, o município mais populoso e o único com um resultado superior à média nacional, viu o índice subir de 106,97 para 108,78, cotando-se como o 13.º mais bem posicionado entre o lote dos 37. Logo abaixo de Guimarães, Famalicão assistiu a uma subida de 88,79 para 89,86. Já Barcelos, que apresenta o menor poder de compra dos 37 municípios, subiu de 78,87 para 80,12.

 

Ave é a terceira sub-região do Norte

O Ave apresenta o terceiro poder de compra mais elevado entre as oito sub-regiões do Norte. Depois da Área Metropolitana do Porto (105,08) e do Cávado (91,74), surge o Ave com um resultado de 85,34. Esse número traduziu uma subida face a 2017. A sub-região com menor poder de compra em todo o Norte é o Alto Tâmega – inclui Montalegre, Chaves, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena e Boticas -, com 70,35.

O Norte apresenta um poder de compra de 92,95, depois da subida face a 2017 (92,11). Apresenta o terceiro valor mais elevado entre as sete regiões nacionais, atrás da Área Metropolitana de Lisboa (121,77) e do Algarve (100,84).

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