Após época positiva de “sabor amargo”, Hélder Andrade continua no Vitória
Não há duas sem três para Hélder Andrade: o treinador acertou a continuidade à frente da equipa feminina de voleibol do Vitória para a temporada 2023/24, com o objetivo de continuar “a dar algo a um clube” que lhe tem dado “muito”. Depois de ter visto a época 2022/23 chegar ao fim no sábado, com a derrota por 3-2 em Lisboa, frente ao Benfica, a ditar o 2-0 na meia-final da Taça Federação e a consequente eliminação da prova, o timoneiro estabelece a melhoria “racional” da equipa como principal objetivo da temporada que se segue.
“Estou autorizado a continuar no projeto. Depois de alinharmos alguns pormenores, fico contente por estar a terceira época no Vitória”, disse ao Jornal de Guimarães. “Para a próxima época, queremos melhorar a equipa de forma racional, sabendo que, a nível do investimento do clube, não podemos ter o orçamento que duas ou três equipas do campeonato têm. Vamos tentar manter o nível ou subi-lo um pouco. Numa primeira fase, queremos estar dentro das oito primeiras, mas também temos ambição. Gostaria muito de levar a equipa a uma meia-final do campeonato”, acrescentou.
O técnico realçou ainda que vê no clube um “interesse muito grande em melhorar as condições de trabalho” para se aproximar das melhores equipas de um campeonato que, em 2022/23, se revelou “mais competitivo” do que em 2021/22. Nessa época, o Vitória foi finalista da Taça Federação e da Taça de Portugal, enquanto, na recém-terminada, a equipa atingiu as meias da Taça Federação e os quartos da prova rainha. Mesmo com resultados menos bons, Hélder Andrade crê que o plantel vitoriano foi “mais competitivo” nesta temporada. “Não me recordo de um ano tão competitivo como este”, defendeu.
Hélder Andrade vinca até que a equipa realizou uma “primeira fase de eleição”, “acima das expetativas”, ao classificar-se em quarto lugar, antes de cair de rendimento na segunda fase, no mês de janeiro. Apesar das lesões de Tânia Oliveira e de Shashiko Sanay, Hélder Andrade reconhece que a equipa não quebrou apenas devido a essa circunstância e teve de esperar pela Taça Federação para recuperar e bater-se até ao fim nas eliminatórias com Porto Vólei, onde operou a reviravolta e passou, e com Benfica, onde soçobrou após um jogo “menos bem conseguido” em casa e um duelo de muita luta no reduto encarnado.
“Faço um balanço positivo, mesmo com sabor amargo, porque queremos resultados e dar vitórias aos adeptos. Conseguimos alguns dos objetivos que tínhamos, principalmente na primeira parte da época”, defendeu.
