Há "excecional valor estético e biológico" nesta quinta em Mesão Frio
O arvoredo que constitui o jardim formal da Casa de Margaride, em Mesão Frio, Guimarães, foi classificado de interesse público, assim como três exemplares de árvores das espécies Camellia japónica, Diospyros kaki e Pyrus communis. O arvoredo integra "um jardim de interesse botânico, histórico, paisagístico e artístico, ter um excecional valor estético e biológico", explica o despacho publicado na quinta-feira em Diário da República.
A Casa de Margaride é uma casa rural aristocrática de origem antiga, com terreiro e um jardim formal ladeado por muros e pirâmides maneiristas e compreendendo um pequeno bosque e campos de cultivo. A Casa, incluindo parte da quinta, está classificada como monumento de interesse público, tendo em conta o seu valor estético, conceção arquitetónica e paisagística. "O arvoredo proposto para classificação apresenta bom estado vegetativo e sanitário, não aparenta sinais de pouca resistência estrutural ou risco sério para a segurança de pessoas e de bens e não se encontra sujeito ao cumprimento de medidas fitossanitárias que recomendem a sua eliminação ou destruição obrigatórias", lê-se.
Os exemplares classificados dispõem agora de uma zona geral de proteção e é estabelecida uma zona geral de proteção para o arvoredo que constitui o jardim formal e uma zona geral de proteção por exemplar isolado.
São proibidas quaisquer intervenções que possam destruir ou danificar o arvoredo classificado, como o corte do tronco, ramos ou raízes; a remoção de terras ou outro tipo de escavações, na zona geral de proteção; o depósito de materiais, seja qual for a sua natureza e a queima de detritos ou produtos combustíveis; e a utilização de produtos fitotóxicos na zona geral de proteção;