Guimarães Jazz 2025 arranca com concerto pré-festival a 23 de outubro
O Guimarães Jazz entra em contagem decrescente para a sua 34.ª edição, que decorre entre 6 e 15 de novembro, e apresenta uma novidade, com um concerto pré-festival. A iniciativa acontece a 23 de outubro, às 21h30, no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), e contará com a atuação da irreverente banda alemã Botticelli Baby, num espetáculo de entrada livre.
Com esta proposta de “aquecimento”, a organização pretende abrir simbolicamente as portas do festival e oferecer uma introdução descontraída a um género musical muitas vezes percecionado como exigente ou elitista. A escolha de Botticelli Baby reflete bem esse espírito, sendo o grupo, conhecido pela energia em palco e pela fusão entre jazz, pop, funk, soul, música cigana e vaudeville, combina humor e atitude “arty-punk” para criar uma sonoridade singular que desafia convenções e aproxima o público do universo jazzístico.
O diretor artístico do Guimarães Jazz, Ivo Martins, sublinha que “toda a música, e especificamente o jazz tendo em conta as suas características próprias, é um espaço de abertura para a singularidade expressada pelo músico”. Para o diretor, a missão do festival passa por “privilegiar a diversidade possível de mundivisões, ou seja, de estilos e linguagens musicais, porque só assim poderemos alcançar uma compreensão minimamente inteligível das nossas audições no contexto de um mundo instável e em fase de projeto”.
O programa oficial arranca a 6 de novembro com o saxofonista e compositor norte-americano Immanuel Wilkins, que apresentará Blues Blood, um trabalho dedicado à herança musical afro-americana, acompanhado por três vocalistas. No dia seguinte, Maria João regressa ao festival, vinte anos depois, para celebrar quatro décadas de carreira com o projeto Abundância, ao lado da sua banda, de um coro e da Orquestra de Guimarães.
O fim de semana inaugural encerra a 8 de novembro com o pianista Fred Hersch, figura incontornável do jazz contemporâneo, que se apresentará em trio. Já o segundo fim de semana abre a 13 de novembro com o Mark Turner Quintet, seguindo-se, no dia 14, um concerto do trio formado por Craig Taborn, Tomeka Reid e Ches Smith, que explora territórios de hibridismo entre o jazz e as tendências contemporâneas. O encerramento do festival, a 15 de novembro, caberá ao pianista panamiano Danilo Pérez, acompanhado pela histórica Bohuslän Big Band, da Suécia.
Paralelamente à programação principal, o Guimarães Jazz continua a apostar nas parcerias com instituições e coletivos portugueses. No dia 8 de novembro, o Hugo Santos 5tet, vencedor do Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro, sobe ao palco do Pequeno Auditório do CCVF, seguido do projeto Of Fragility and Impermanence, liderado pelo contrabaixista André Carvalho. No dia seguinte, 9 de novembro, o projeto da Porta-Jazz, dirigido pela pianista Clara Lacerda e com a participação do poeta Vasco Gato, cruzará jazz e literatura na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).
O festival inclui ainda as tradicionais jam sessions e oficinas de jazz, orientadas pelo Alex Hitchcock Quintet, que também atuará em nome próprio e com a Orquestra de Jazz da ESMAE. Estas atividades decorrem entre 6 e 15 de novembro.
Organizado por A Oficina, pelo Município de Guimarães e pela Convívio - Associação Cultural, o Guimarães Jazz, os bilhetes para os concertos da 34.ª edição já se encontram à venda nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e em diversos pontos da cidade, bem como online.
Imagem: Botticelli Baby © Martin Hinse
