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“Governo passou e nada deixou” e “proximidade”: as visões de PSD e PS

Bruno José Ferreira
Política \ terça-feira, maio 09, 2023
© Direitos reservados
Comissões concelhias dos principais partidos olham de forma oposta para vinda do governo a Guimarães. O PSD considera que Guimarães está a ser "desconsiderado", enquanto que o PS fala em "confiança".

O PSD de Guimarães manifestou esta terça-feira sobre o conselho de ministros descentralizado que se realizou a semana passada no distrito de Braga, referindo que foi “uma desilusão para Guimarães” e uma “oportunidade perdida”. Ficou-se “exclusivamente pelas ações de propaganda” numa “ação festivaleira” e “para a fotografia”, frisou Ricardo Araújo, líder da comissão concelhia de Guimarães dos sociais-democratas.

O líder do PSD em Guimarães esperava que a iniciativa permitisse que o governo pudesse visitar as obras em curso, tomasse conhecimento dos reais problemas do território e apresentasse um conjunto de pedias para resolver os problemas. “Defraudou as expetativas”, disse Ricardo Araújo, apresentando dez iniciativas claras que devem estar no topo das exigências de Guimarães, como uma espécie de caderno de encargos.

  1. Os protocolos assinados já tinham sido anunciados. No mesmo dia em que se assinam aqui protocolos de 1 milhão de euros para estudos, o primeiro-ministro firma em Braga um protocolo de 100 milhões para resolver problemas internos de mobilidade. O presidente da câmara gaba-se de ter sido pioneiro neste tema, porque foi ultrapassado por Braga?
  2. Exigência de um nó da autoestrada A7 EM Brito/Sande, que poderia ajudar a resolver o problema da mobilidade ao norte do concelho e o Avepark.
  3. Requalificação e duplicação da linha férrea de Guimarães ao Porto e regresso das ligações Alfa.
  4. Requalificação dos principais eixos rodoviários às vilas e concelhos vizinhos (EN101, EN206 e EN105).
  5. Fecho da circular urbana e criação de uma ligação direta ao hospital.
  6. Campus Justiça. O anúncio foi feito, e assinado, em 2019. O que mudou do dia 2 para o dia 5 de maio, após o conselho de ministros? Vieram dizer que é prioritário. Não era já?
  7. Financiamento do equipamento criado no âmbito da CEC 2012, o CIAJG; Requalificação da Igreja da Costa; e descentralização e gestão integrada dos monumentos.
  8. Educação. Requalificação do parque escolar, nomeadamente Escolas EB 2/3 D. Afonso Henriques e de Pevidém.
  9. Rede concelhia de creches. Seria uma oportunidade para conversar com a autarquia e arranjar soluções para este problema que é real no concelho.
  10. Habitação. No âmbito da estratégia local e habitação deveríamos negociar com o IHRU.

“O governo por Guimarães passou e nada deixou”, concluiu Ricardo Araújo, dizendo que “o governo está a desconsiderar e a desrespeitar Guimarães” e “o poder local socialista não tem sido capaz de convencer o governo a investir em Guimarães, nem de reivindicar o investimento para assegurar o nosso futuro”.

“Importante mecanismo de proximidade e interação do Governo com os portugueses”

Antes da conferência de imprensa do PSD já a comissão concelhia do PS tinha reagido ao conselho de ministros, considerando que “constitui em si mesma um importante mecanismo de proximidade e interação do Governo com os portugueses em geral, as suas comunidades e agentes sociais, mas também um momento de relevantíssima importância para discutir com os agentes políticos locais as suas necessidades e exigências”.

No entendimento do PS de Guimarães, liderado por Ricardo Costa, “a passagem do governo por Guimarães, em especial, mas não só, constituiu um momento de reforço da visibilidade do território vimaranense e a confirmação de importantes investimentos em Guimarães”.

“O PS de Guimarães mostra, assim, a sua confiança no desenvolvimento de Guimarães e na capacidade de o município, particularmente do presidente Domingos Bragança, e as suas entidades públicas e privadas, continuarem a dar os passos necessários à transformação de Guimarães, e Portugal, numa sociedade mais justa e próspera, com uma confiança renovada em Guimarães, em Portugal e nos vimaranenses”, terminam em comunicado.

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