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Executivo aprovou Plano Estratégico Municipal Cultura Guimarães 2032

Bruno José Ferreira
Política \ terça-feira, dezembro 17, 2024
© Direitos reservados
Oposição diz que vem “a destempo” e não deveria ser feito em final de ciclo. Câmara fala em consenso do território com cerca de 700 contributos. Foi trabalhado dez anos após a Capital da Cultura.

O executivo municipal aprovou esta segunda-feira em reunião de câmara o Plano Estratégico Municipal Cultura Guimarães 2032, um documento estratégico que se espera que possa vir a orientar a ação cultural no território nos próximos anos, tendo sido desenvolvido em articulação com o tecido cultural e com cerca de 700 contribuições.

Apesar de aprovar o documento, que no entender de Bruno Fernandes “está claro e é trabalhado em profundidade com as associações”, a oposição não deixou de fazer o reparo quanto ao timing de apresentação deste plano, lembrando a proximidade do final do mandato autárquico para considerar que vem a “destempo”.

 “Estamos a um ano de terminar o seu mandato, o seu ciclo e, portanto, à partida, os planos como este deveriam ser apresentados no início dos mandatos, corremos o risco que o próximo presidente de câmara, seja quem for, possa ter uma visão distinta desta matéria. Está aqui um bom instrumento de trabalho, mas deveria ter sido feito no início e não a um ano do fim do ciclo político estarmos a votar um plano para 2032”, disse o vereador Bruno Fernandes.

Paulo Lopes, vereador da cultura, destacou que este mandato autárquico iniciou-se em 2021, sendo quo processo de criação deste plano estratégico começou a ser gizado no ano seguinte, “dez anos após Guimarães Capital Europeia da Cultura”. “Entendemos que seria um momento de fazer uma avaliação dos dez anos anteriores, para perceber se as dinâmicas corresponderam sobre o que se perspetivava, e um ponto de partida para perspetivar estes próximos dez anos”, adiantou.

Além disso, o vereador sustentou que “quem quiser pode reverter este programa”, mas alertou que não estarão a “reverter o pensamento deste executivo, mas sim de mais 700 pessoas que deram a sua contribuição”. “Entendemos que está aqui um consenso alargado a nível social”, concluiu.

O presidente da Câmara também usou da palavra, referindo que “a dimensão cultural foi trabalhada – bem trabalhada – em todos os meus mandatos, bem trabalhada”, destacando que, no seu entender, “é bom termos visão para futuro e apresentarmos para além do tempo”, dizendo ainda que “o desenvolvimento de Guimarães não pode estar dependente de ciclos autárquicos”.

Numa vertente mais política, Domingos Bragança exemplificou, por exemplo que “a sustentabilidade ambiental não tem como meta 2026, mas sim 2030”, acrescentando depois que “quem quiser reverter que os diga aos vimaranenses. Que diga que quer reverter a mobilidade urbana sustentável, que quer reverter o que fazemos na cultura que o digam: seja que partido for”, concluiu.

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