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Equipa coordenada pela UMinho descobre 13 espécies de “minhocas marinhas”

Redação
Ciência & Tecnologia \ segunda-feira, maio 12, 2025
© Direitos reservados
Investigação liderada pela UMinho regista 13 novas espécies marinhas no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo. Resultados revelam muita diversidade desconhecida nos ecossistemas costeiros europeus.

Uma investigação coordenada pelo Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da Universidade do Minho, em parceria com cientistas do Brasil, Espanha, Grécia, Itália, Noruega, Portugal e Suécia, identificou 13 novas espécies de anelídeos marinhos. Este grupo de vermes segmentados - que inclui as minhocas utilizadas na pesca com linha - foi encontrado no Nordeste Atlântico, no Mar Mediterrâneo, nos Açores e nas Canárias.

O trabalho começou no âmbito da tese de doutoramento em Biologia de Marcos Teixeira. Os resultados da equipa saíram recentemente na revista "Invertebrate Systematics", incluindo ainda os professores Filipe Costa e Pedro Vieira da UMinho,.
 
A equipa internacional explorou o género de anelídeo Perinereis, através de ferramentas avançadas de taxonomia integrativa, incluindo dados de sequenciação do ADN e um exame minucioso da morfologia. Foram descobertas 19 linhagens moleculares, das quais se descreveram 13 espécies novas para a ciência e cujos nomes têm diferentes inspirações.
 
Deteção por ADN afirma biodiversidade
 
"Estas espécies são muito semelhantes entre si e só com recurso a sequências de ADN nos foi possível detetá-las, tal como acontece com muitos organismos marinhos que temos investigado no âmbito da iniciativa mundial Barcode of Life", referiu Filipe Costa, cocoordenador do estudo em comunicado.

De acordo com a nota enviada pela universidade, os resultados confirmam a existência de muita diversidade desconhecida nos ecossistemas costeiros europeus e a importância da deteção pelo código de barras de ADN para a conservação da biodiversidade.
 
Segundo os cientistas, os organismos agora identificados são essenciais para a saúde dos oceanos, sendo responsáveis pela reciclagem de nutrientes e pela estabilização de sedimentos marinhos. Servem de alimento a várias espécies de peixe e crustáceos, para além de serem utilizados como “isco vivo” para a pesca com linha.
 
Já Marcos Teixeira continua a investigar estes organismos, trabalhando atualmente na Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, na construção de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para invertebrados marinhos e para a descrição de novas espécies de vermes aquáticos naquela região.

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