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Entre oportunidades e perigos, a inteligência artificial é “inevitável”

Redação
Ciência & Tecnologia \ sexta-feira, fevereiro 14, 2025
© Direitos reservados
Investigadores vincam que inteligência artificial é fundamental para ler e compreender um mundo repleto de dados e até para a soberania dos Estados. Usos que conduzem à desinformação exigem cautela.

Perante dezenas de alunos, investigadores ligados à governação eletrónica e à inteligência artificial vincaram que os processos que daí derivam são fundamentais para se compreender o mundo atual e futuro.

A unidade operativa para a governação eletrónica da Universidade das Nações Unidas acolheu a 12.ª edição da Vitrus Talks nesta sexta-feira, com Delfina Soares, anfitriã, e ilustrar a relevância da inteligência artificial com alguns dados: cerca de 5,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo acedem à Internet e de 4,2 mil milhões estão nas redes sociais.

Por dia, a humanidade lança 500 horas de vídeo para o Youtube por minuto. Em cada dia, geram-se 463 exabytes em dados – um exabyte corresponde a mil milhões de gigabytes, quando o discurso humano produzido por fala desde a sua origem corresponde a apenas 5 exabytes.

“Há aqui uma inevitabilidade das tecnologias digitais. Não há alternativa. O que podemos fazer é utilizarmos estás tecnologias da melhor maneira. Oferecem imensas oportunidades", realçou a diretora da UNU-eGOV.

Já Paulo Novais, investigador do Centro ALGORITMI e coordenador do LASI, salientou a relevância da IA para a soberania dos países. “O paradigma do filósofo que sabia tudo, porque tinha acesso ao conhecimento em todos os livros, acabou. É impossível um ser humano ter acesso a todos os sites. Por isso, o mundo mudou. (…) Por soberania, temos mesmo de investir em IA, seremos irrelevantes”, reiterou.O professor catedrático sublinhou ainda que “o ChatGPT consome um copo de água por cada 10 perguntas”, destacando que é urgente discutir o papel da tecnologia de IA na atual crise climática.

De seguida, Pedro José Oliveira, também do Centro ALGORITMI, na Universidade do Minho, realçou que o alcance da IA é fundamental para perceber “a elevada quantidade de dados hoje gerada”, até na deteção de poluição “em diferentes parâmetros à entrada de uma ETAR”, para se antecipar “o consumo de energia” e reduzi-lo. Os centros de processamento de dados, para além de consumirem elevadas quantidades de energia, também criam uma grande pressão nos recursos hídricos, devido à necessidade de arrefecer os sistemas e equipamentos, acrescentou.

O presidente da Vitrus, Sérgio Castro Rocha, falou no “equilíbrio”, sendo importante avaliar a forma de melhor compensar o uso da inteligência artificial”. A próxima edição da Vitrus Talks, a realizar em abril, contará com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa.

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