Entre a réplica e a polémica, houve Moreirense até ao fim
O Moreirense FC sacudiu o espectro de oito jogos consecutivos sem triunfos à partida para a jornada 21 na visita ao Estádio da Luz, onde rubricou uma boa exibição ofensiva, com boas ligações entre jogadores, desequilíbrios e dois golos. Esse registo foi, contudo, insuficiente para garantir qualquer ponto frente a um Benfica letal nas bolas paradas, num desafio que terminou com nota polémica.
Ao minuto 90, Joel Jorquera progrediu pela esquerda e cruzou para o coração da área, onde Florentino intercetou a bola; em duas repetições pouco esclarecedoras, o jogador parece amparar a interceção com o braço, restando a dúvida sobre se estaria ou não a aumentar a volumetria do corpo.
Esse caso marcou o final de um jogo ofensivo, aberto, com duas equipas à procura do golo. Desinibido, o Moreirense apareceu bem na frente, com Alanzinho e Benny em evidência, mas falhou nas bolas paradas defensivas, a componente do jogo que frustrou as ambições cónegas. Aos 15 minutos, a formação vimaranense já perdia por 2-0; Pavlidis bisou com golos aos sete, na cobrança de um penálti a sancionar mão de Dinis Pinto, e aos 15, num desvio oportuno após pontapé de canto.
A reação do Moreirense foi pronta e valeu o 2-1 quatro minutos depois, por Benny, num lance de insistência ofensiva, mas novo canto aos 42 devolveu a vantagem de dois golos às águias; Otamendi cabeceou para o fundo das redes.
Alanzinho viu Trubin negar-lhe o golo por duas vezes, quase que por milagre, no final da primeira parte, antes de os cónegos continuarem a tentar o golo e marcarem aos 84, por Ivo Rodrigues, na conclusão de uma triangulação bem desenhada, com finalização simples. A formação de Guimarães reabriu a discussão do encontro, mas sem conquistar o tão almejado ponto.
César Peixoto: “Vi o último lance e parece-me penálti”
No final do encontro, César Peixoto considerou que a sua equipa fez “um jogo fantástico”, no qual merecia pontos, e considerou que o lance polémico no final lhe pareceu penálti a favor do Moreirense.
“Senti que podíamos ter levado daqui alguma coisa e era merecido. Foi um jogo equilibrado, com duas boas equipas, tivemos oportunidades e já vi o último lance e parece-me penálti. O 3-3 era o resultado mais justo por tudo o que aconteceu no jogo. Quebrámos o Benfica em quase tudo, sofremos quando tínhamos de sofrer, pressionamos e obrigamos o Benfica a jogar mal muitas vezes”, vincou.
